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PSOL barra votação de “Escola Sem Partido” e MBL perde a linha
As galerias do plenário estavam lotadas de manifestantes. De um lado, apoiadores do projeto e, portanto, da censura no interior das escolas. De outro, estudantes e professores que defendem a liberdade de pensamento e a valorização do ensino público.
O conservadorismo foi derrotado nesta quinta-feira na Câmara Municipal de São Paulo (7). Pressionado por grupos de extrema-direia rivais do MBL, o vereador Fernando Holiday (DEM) pôs em pauta no congresso de comissões o absurdo PL da “Escola Sem Partido”.
As galerias do plenário estavam lotadas de manifestantes. De um lado, apoiadores do projeto e, portanto, da censura no interior das escolas. De outro, estudantes e professores que defendem a liberdade de pensamento e a valorização do ensino público.
Atenta às movimentações da extrema-direita, a vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) travou um duro debate contra o projeto e, no momento oportuno, solicitou verificação de presença em plenário. Esta é uma das ferramentas utilizadas para obstrução de votações, pois, sendo aferida a falta de quórum, o projeto não pode ser apreciado. Foi o que aconteceu, para o desespero do MBL.
Ato contínuo, Fernando Holiday, liderança deste movimento, protagonizou cena de lamentável destempero, ao esbravejar descontroladamente no microfone e arremessar o mesmo contra o chão. Fato curioso: o jovem vereador que tanto diz respeitar o dinheiro e o patrimônio público danificou um microfone da Câmara Municipal simplesmente porque seu projeto não foi aprovado.
É mais um capítulo no histórico de desmoralização de Holiday e do MBL em 2017. Antes vistos como “arautos da moralidade”, cada vez mais os meninos da nova direita se desmoralizam ao apoiar políticos do sistema, como Doria e Temer, ao defender reformas que atacam os trabalhadores, como a trabalhista e da previdência e, ainda pior, ao se envolverem em suspeitas de corrupção, dadas as seguidas acusações de caixa 2 pela qual Holiday tem respondido.
A bancada do PSOL seguirá atenta às possibilidades de votação do nefasto PL da Escola Sem Partido, disposta a obstruir sua aprovação sempre que necessário.