Conselho Universitário da Unesp decidiu extinguir o Departamento de Artes Cênicas e alunos repudiam decisão

Em nota, alunos pedem a revogação da redepartamentalização, a abertura imediata de novas contratações de professores e técnicos-administrativos por meio de concurso público.

19 set 2019, 16:54 Tempo de leitura: 1 minuto, 35 segundos
Conselho Universitário da Unesp decidiu extinguir o Departamento de Artes Cênicas e alunos repudiam decisão

O desmonte da universidade pública está acontecendo em todo o país. Em São Paulo, a o Conselho Universitário da Unesp decidiu fazer uma fusão entre os departamentos de Artes Cênicas e Artes Visuais, que ficam no campus de São Paulo.

Alunos e professores da instituição repudiam a decisão. O Centro Academoci, composto por artistas e estudantes do Instituto de Artes da Unesp, divulgou uma nota para denunciar a situação. Segue trecho:

“A Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’, como diversas outras instituições de educação pública, vem sofrendo cortes. Mais recentemente, o reitor Sandro Roberto Valentini e o vice-Reitor Sergio Roberto Nobre, em parceria com o governador do estado de São Paulo, João Dória, autoritariamente aprovaram a extinção de cerca de 40 departamentos em toda a Unesp, impondo uniões departamentais forçadas, que irão precarizar ainda mais os cursos afetados, até dia 15 de outubro.

Incluídos neste corte, estão os departamentos de Artes Cênicas e Artes Plásticas do Instituto de Artes, campi localizado na Barra Funda, São Paulo. A medida se justifica no fato de que, segundo o Estatuto da Unesp, um departamento precisa de ao menos 10 docentes para existir, algo que não acontece nos departamentos citados. Contudo, visto que a ausência deste número de docentes é devido a ignorância da Reitoria aos pedidos de abertura de novos editais de contratação feitos pelo Instituto de Artes, por exemplo, torna-se claro o caráter político e traidor que a imposição dessa medida pelo Reitor e o Governador possui. (…) Temos como demandas a revogação da redepartamentalização, a abertura imediata de novas contratações de professores e técnicos-administrativos por meio de concurso público efetivo e a revogação do corte em bolsas de permanência estudantil e pesquisa.”