Sâmia entra com ação para destinar estoque de cloroquina para pacientes de lúpus, malária e artrite
Medicamento é indicado para doenças como lúpus, artrite reumatóide e malária; ação pretende evitar prejuízos ao Estado; liminar será decidida nos próximos dias.
28 jul 2020, 15:48 Tempo de leitura: 1 minuto, 30 segundosA deputada federal Sâmia Bomfim moveu, nesta semana, uma ação popular na Justiça do Distrito Federal para pedir que a cloroquina estocada seja doada para tratamento de doenças para a qual são indicadas, como lúpus, artrite reumatóide e malária.
Não há nenhuma evidência científica de que o remédio seja eficaz no combate à Covid-19, no entanto, Jair Bolsonaro tem se comportado como um garoto propaganda da cloroquina e a hidroxicloroquina, e ordenou que o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEx) produzisse o medicamento em larga escala.
Tal produção gerou um grande custo ao país e um estoque gigantesco: cerca de 1,8 milhão de comprimidos. Para evitar que o prejuízo seja ainda maior, a ação movida pela deputada, pede “que o Poder Público dê uma destinação correta aos seus estoques de cloroquina e hidroxicloroquina, para emprego em tratamentos para os quais possuem registro no Brasil e que demonstram eficácia”.
“O Estado Brasileiro não poder ter um prejuízo tão conta por conta de irresponsabilidade de um presidente que não acredita na ciência. Todos nós sabemos que ainda não há estudos comprovando a eficácia da cloroquina no combate à Covid, mas esse medicamento pode ajudar muito pacientes do Brasil e do mundo que estão lutando contra doenças como malária, artrite, lúpus e muitas outras. O que pedimos é a urgente destinação correta desse grande estoque de medicamentos, enquanto ele ainda está na validade”, diz Sâmia.
A liminar, que será decidida nos próximos dias, também pede que “cessem os envios de cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19 até o julgamento final da ação”.