3 parlamentares do PSOL de São Paulo sofrem ameaças e atentados

Todos os ataques aconteceram em uma semana

1 fev 2021, 21:34 Tempo de leitura: 2 minutos, 14 segundos
3 parlamentares do PSOL de São Paulo sofrem ameaças e atentados

Na última semana de janeiro de 2020, três parlamentares do PSOL/SP sofreram ameaças e atentados contra suas vidas.

Dia 28 a casa da covereadora Carolina Iara foi atingida por pelo menos dois disparos de arma de fogo e no mesmo dia a vereadora Erika Hilton, primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, foi ameaçada após ser procurada em seu gabinete por um homem autodenominado “garçom reaça”. Samara Sosthenes, integrante do mandato Quilombo Periférico e eleita para a Câmara de Vereadores, foi alvo de um atentado na madrugada de 31 de janeiro. Segundo relatos, um homem efetuou disparos para o alto em frente a residência onde estavam Samara, a mãe e os irmãos.

Para a deputada federal do PSOL/SP, Sâmia Bomfim os ataques são assustadores e inaceitáveis. “Não podemos aceitar que parlamentares democraticamente eleitos sofram atentados e perseguições por conta de seu posicionamento político, orientação sexual ou defesa de suas ideias”, declarou a parlamentar.

Outros atentados

Em novembro do ano passado, a deputada federal (PSOL/RJ), Talíria Petrone. descobriu que estava sendo planejado um atentado estava sendo planejado ela. As ameaças fizeram Talíria deixasse o estado onde mora. A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga as ameaças e o plano, que seria executado por um miliciano ligado ao Escritório do Crime.

No final de dezembro, a deputada estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Renata Souza (PSOL/RJ), também registrou um boletim de ocorrência após receber uma ameaça de morte citando o assassinato de Marielle e Anderson.

Assassinato de Marielle Franco e Anderson

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2020, no Estácio, região central do Rio de Janeiro, quando o carro em que estavam foi atingido por diversos disparos. Quatro tiros acertaram a vereadora e três, o motorista.

Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, ela tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em administração pública e militava no tema de direitos humanos.

Dois homens foram acusados pelas mortes de Marielle e Anderson: o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiroz. Eles estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho desde março de 2020 e negam participação nos dois assassinatos. Ninguém sabe até hoje quem mandou mandar a parlamentar do PSOL e seu motorista.