Sâmia Bomfim e André Sapanos visitam escolas em Mauá e cobram providências para o retorno às aulas

A deputada e o professor comprovaram que Doria e Rossieli não enviaram equipamentos para aulas remotas

12 fev 2021, 13:44 Tempo de leitura: 2 minutos, 6 segundos
Sâmia Bomfim e André Sapanos visitam escolas em Mauá e cobram providências para o retorno às aulas

Na manhã desta sexta-feira (12), a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), acompanhada do professor André Sapanos, participaram de uma extensa agenda de compromissos em defesa da vida dos profissionais da educação pública. As visitas fazem parte das atividades em apoio à greve sanitária da educação.

Em Mauá, a parlamentar foi recebida pelo prefeito da cidade, Marcelo Oliveira, e solicitou que ele mantenha o decreto de suspensão das atividades presenciais também nas escolas da rede estadual enquanto não houver condições sanitárias e a ampla maioria da população for vacinada.

Em seguida, já na Diretoria de Ensino da região, Sâmia denunciou os inúmeros casos de escolas estaduais que, mesmo com casos confirmados de covid-19, mantiveram a obrigatoriedade da presença dos profissionais de educação em seus locais de trabalho.

Sâmia Bomfim e André Sapanos também visitaram a Escola Estadual Visconde de Mauá e comprovaram que o governador de São Paulo, João Doria, e o secretário de Educação, Rossieli Soares, não enviaram equipamentos para aulas remotas.

Nas escolas estaduais, os estudantes ainda não voltaram às aulas e a previsão de retorno é 1° de março. Mas os profissionais de educação estão sendo obrigados a irem trabalhar presencialmente, mesmo sem estrutura para desenvolver, nas escolas, o ensino remoto.

Para a deputada Sâmia Bomfim, o que a dupla Doria e Rossieli dizem na TV é muito diferente do que se vê na realidade. “As escolas estão mal equipadas para combinar o ensino presencial e o ensino à distância, não há profissionais de limpeza suficiente e os profissionais da educação estão submetidos a risco diariamente”, disse.

O governo de São Paulo nega-se a aplicar medidas básicas como, por exemplo, o fechamento das unidades onde são registradas a presença do novo coronavírus, além de não garantir a testagem de todos os profissionais que tiveram ou têm contato com pessoas infectadas.

“Quem vê de perto a realidade das escolas não tem dúvida de que a greve e suas reivindicações são justas. O retorno às aulas é um desejo de todos, mas isso não pode ser feito colocando vidas em risco”, lembrou Sâmia.

As aulas nas escolas municipais ainda não voltaram e, durante a conversa com o prefeito Marcelo Oliveira ele se comprometeu a, no mínimo, não recuar da decisão já tomada de só retomá-las em abril.