Mil dias de impunidade do crime ambiental em Brumadinho

Após rompimento da barragem da Vale mais de 250 pessoas morreram e gerou-se um impacto para o meio ambiente em 25 cidades da região

21 out 2021, 15:32 Tempo de leitura: 1 minuto, 24 segundos
Mil dias de impunidade do crime ambiental em Brumadinho

Nesta quinta-feira, 21 de outubro, completa-se 1000 dias da maior tragédia socioambiental do Brasil. Um crime anunciado, causado pela negligência e pela ganância da Companhia Vale do Rio Doce, que até hoje não teve nenhum responsável pela empresa punido.

Mais 262 vítimas foram encontradas e identificadas sem vida, até o momento, e oito famílias ainda continuam sem respostas acerca de seus familiares desaparecidos ou mortos no crime.

Em maio de 2019, 4 meses após o rompimento da barragem de rejeitos da Vale, a deputada Sâmia Bomfim esteve no Córrego do Feijão, em Brumadinho. Ela conversou moradores e conheceu o local do desastre. Segundo a parlamentar, a situação era de desolação e revolta.

Logo após a tragédia, o professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, Oscar Malvessi, concedeu uma entrevista dizendo que existia um problema de governança na empresa no sentido de gestão de risco e de sustentabilidade mais ampla – social ambiental e econômica.

Hoje, quando chegamos a marca de 1000 dias da tragédia, a deputada Sâmia Bomfim disse em suas redes sociais que até hoje ninguém foi responsabilizado pelo crime. “Não foi acidente São mil dias de impunidade do maior crime ambiental da história do Brasil. Seguimos em solidariedade e luta com as famílias atingidas: queremos justiça!”

Para Maria Julia Andrade, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos pela Mineração, a falta de punição ambiental e penal na tragédia da Samarco cria um ambiente em que é “aceitável” a elevada remuneração dos diretores mesmo após o acidente.