Semana agitada na Comissão de Cultura: Sâmia participa de atividades de resistência do setor na Câmara dos Deputados
Atividades mostram que a cultura continuará resistindo aos desmandos do governo Bolsonaro
11 nov 2021, 09:55 Tempo de leitura: 2 minutos, 51 segundosO retorno oficial das atividades culturais em todo país, após 20 meses parados, reativou as lutas de resistência para reconstrução do setor. Uma agenda de um mês de atividades, acontecendo presencial e remotamente, foi organizada por mandatos integrantes da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados com o propósito de reacender pautas que a pandemia abafou. A deputada Sâmia Bomfim, membro da CCult, e sua assessoria participaram da construção das atividades para fortalecer o levante.
As atividades foram iniciadas na sexta-feira, 05 de novembro, Dia Nacional da Cultura, com a realização da audiência pública para discutir o projeto de lei nº 1732/2021 que visa instituir o Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Cultura. A proposição convoca o poder público a realizar atividades para melhorar as condições de trabalho no setor, fortalecer a profissionalização, formação e garantir direitos previstos na legislação. A audiência foi organizada pelas deputadas federais Sâmia Bomfim, Benedita da Silva e Lídice da Mata, autora, coautora e relatora do PL na Comissão de Cultura respectivamente. Leia Mais
Dia 08/11, segunda-feira, foi realizada no Plenário Ulisses Guimarães uma Comissão Geral da Cultura, proposta por diversos parlamentares da CCult, com participantes do Fórum de Secretários e Dirigentes de Cultura dos Estados, entidades, movimentos culturais e lideranças do setor cultural. Os ex-ministros da Cultura Gilberto Gil e Juca Ferreira também participaram da atividade. A intenção da Comissão Geral é unir forças entre os envolvidos chamando a atenção para o grave momento que vive a cultura, além de abrir o debate sobre as demandas mais urgentes para reconstrução deste importante setor e ampliar a resistência aos ataques do governo federal. No planejamento para os próximos meses, a comissão geral encaminhou como pautas prioritárias: criar um programa comum da cultura a fim de estabelecer compromissos públicos para todos os candidatos nas eleições 2022, reabertura do Ministério da Cultura, realização de uma Conferência de Cultura organizada pelo parlamento para construir o novo Plano Nacional de Cultura 2023-2033.
Os debates da CCult continuaram no dia seguinte, terça-feira, com o lançamento da Plataforma Unificada da Cultura que deverá sistematizar e trazer dados e informações atualizadas sobre as atividades do parlamento e o desenvolvimento de uma agenda de bandeiras e lutas do setor. A Plataforma será um importante vetor de conteúdos para o novo Plano Nacional de Cultura e a próxima Conferência Nacional de Cultura.
“Desde o golpe, os processos do Sistema Nacional de Cultura (Conselhos, Planos e Fundos de Cultura) retrocederam e não houve contabilização e sistematização dos dados da área para aferir os avanços das 53 metas do Plano Nacional de Cultura. Ao mesmo tempo, novos dados foram gerados a partir dos cadastros da Lei Aldir Blanc em estados e municípios. Tudo isso precisa ser reunido e sistematizado e a Plataforma unificada da Cultura tem plenas condições de auxiliar nisso”, reflete Sâmia.
Também no dia 09, um PDL de autoria de Sâmia e outros integrantes da CCult foi protocolado a fim de barrar a portaria da Secretaria Especial da Cultura que veda a necessidade de comprovante de vacinação em projetos que utilizam a Lei Rouanet. Mais informações no link