Sâmia Bomfim aprova Moção de Aplausos ao ator e diretor Wagner Moura pelo filme Marighella

A Comissão de Cultura da Câmara Federal (CCult) aprovou uma Moção de Aplausos ao ator e diretor do filme Marighella, Wagner Moura. A proposta foi apresentada pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL/SP). No texto, a parlamentar diz que Moura merece receber a honraria por sua defesa do setor cultural e pelo reconhecimento pela trajetória e contribuição artística à cultura brasileira.

Na sessão em que foi votada a proposição, 16/11, Sâmia destacou a trajetória do ator e diretor e lembrou que o filme foi censurado e encontrou dificuldades para o acesso ao cinema brasileiro.

“É fundamental que a CCult se posicione referenciando Wagner Moura e os demais atores do filme e também se posicione pelo direito do povo brasileiro conhecer sua própria história de luta, resistência e enfrentamento. Que as próximas gerações possam se inspirar na história de Marighella”, disse a deputada Sâmia Bomfim.

Filme Marighella

O longa-metragem foi lançado mundialmente no ano de 2019 e está atualmente em exibição nacional após um período de censura governamental.

A luta de Wagner Moura pela ampla e irrestrita exibição do filme Marighela mundialmente, e principalmente em território nacional, deve ser destacada como relevante para o combate à censura político-ideológica que tem crescido ao longo dos anos com a ascensão da extrema direita. Para isso, ele participou de diversos festivais em todo o mundo defendendo o filme e sua importância para a história mundial, ao lado de grandes diretores reconhecidos por sua obra politizada, como Spike Lee. Na premiére do Festival de Berlim, o diretor levou à coletiva para a imprensa uma placa da vereadora Marielle Franco, um símbolo de sua luta contra as forças opressoras. 

De acordo com depoimento do ator no programa Roda Viva no dia 01 de novembro de 2021, esse é “um filme dirigido por um ator”, “com personagens complexos”, “esse é um filme de hibrido de gêneros ainda que seja um filme de ação”, “um filme político não está em contradição com o cinema popular”, “eu não fiz um filme só sobre aqueles que lutaram nos anos 70. Eu fiz um filme sobre vários lutadores”.