Bancada do PSOL na Comissão de Educação aprova Moção de Solidariedade aos coordenadores e consultores demissionários da CAPES e de defesa da pós-graduação brasileira

Dezenas de trabalhadores do órgão divulgaram pedido coletivo de renúncia por avaliar que a atual direção da CAPES “Não tem se esmerado na defesa da sua forma de avaliação”

1 dez 2021, 16:13 Tempo de leitura: 1 minuto, 32 segundos
Bancada do PSOL na Comissão de Educação aprova Moção de Solidariedade aos coordenadores e consultores demissionários da CAPES e de defesa da pós-graduação brasileira

Nesta quarta-feira, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou uma moção de solidariedade aos coordenadores e consultores demissionários da CAPES e de defesa da pós-graduação brasileira.

A comunidade acadêmica e a sociedade em geral assistem atônitas ao desmonte das políticas de educação, ciência, tecnologia e inovação. No caso da educação, destaca-se o processo de sucateamento das universidades públicas, que se dá, sobretudo, por meio da retirada de financiamento das despesas correntes e investimentos.

É relevante destacar a situação dramática enfrentada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que há 70 anos desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todas as unidades da federação. É visível a queda histórica que o órgão vem sofrendo, nos últimos anos. Para 2022, a CAPES contará com R$ 3,1 bilhões, apenas 29%, portanto, do volume de recursos que lhe foi destinado (em termos reais) em 2015, quando a instituição contou com R$ 10,6 bilhões.

Nesse quadro dramático, e na data em que se realiza a manifestação Em Defesa da Pós-Graduação, convocada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a bancada do PSOL recebeu a notícia de que dezenas de consultores e coordenadores da CAPES divulgaram um pedido coletivo de renúncia, por avaliar que a atual direção da CAPES “Não tem se esmerado na defesa da sua forma de avaliação”.

“Gostaríamos de poder trabalhar com previsibilidade, respeito aos melhores padrões acadêmicos, atenção às especificidades das áreas e, principalmente, um mínimo respaldo da agência. Tais condições não têm se verificado nos últimos meses”, destaca o documento aprovado.