Deputada Sâmia Bomfim apresenta preocupação com a desigualdade na distribuição mundial de vacinas

Requerimento foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e será encaminhado à Organização Mundial da Saúde

1 dez 2021, 15:27 Tempo de leitura: 1 minuto, 46 segundos
Deputada Sâmia Bomfim apresenta preocupação com a desigualdade na distribuição mundial de vacinas

Os brasileiros acompanham com extrema preocupação o surgimento de novas variantes do novo coronavírus ao redor do mundo, como é o caso da ômicron, identificada recentemente graças à tecnologia e vigilância em saúde da África do Sul. Como já é de compreensão comum na literatura científica, o descontrole da pandemia e a livre circulação do vírus fazem com que alguns lugares sejam ambientes propícios para a mutação do vírus e o surgimento de novas variantes. Assim aconteceu no Brasil no início deste ano, quando se identificou o surgimento da variante gama em um ambiente ainda sem distribuição de vacina, com autoridades políticas se manifestando contra medidas não farmacológicas de contenção da pandemia (como o uso de máscaras e a prática do distanciamento social) e incentivo de uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o vírus.

“Com a distribuição completamente desigual de vacinas entre países do norte e do sul global, criou-se uma disparidade gritante nas taxas de imunização ente nações ricas e pobres. Enquanto alguns países europeus e norte-americanos estocam vacinas, muitas nações do continente africano e asiático não passam das taxas 20% da população totalmente vacinada”, destaca Sâmia Bomfim, lembrando que este ambiente fez com que o surgimento de novas variantes pelo mundo acontecesse.

Como disse recentemente Ayoade Alakija, codiretora da Aliança Africana para a Distribuição de Vacina, e uma das importantes vozes globais pela justiça no acesso à saúde “Até que todos sejam vacinados, ninguém está seguro nesta pandemia, então qual será a resposta global a este novo desafio? Vai ser uma resposta política para proteger o povo de cada país, evitando a chegada daqueles ‘africanos não vacinados’? A pergunta a ser feita é a seguinte: por que os africanos não estão sendo vacinados, o que está acontecendo?”

“Em uma pandemia devemos ter uma preocupação global de imunização. Enquanto não estamos todos protegidos, ninguém está protegido”, concluiu Sâmia no documento que será encaminhado à OMS.