Sâmia quer explicações do Planalto sobre denúncia de troca de cargos comissionados pelo assassinato de Adriano da Nóbrega

Torna-se ainda mais urgente que as relações íntimas desse governo com a milícia sejam investigadas com rigor

6 abr 2022, 15:44 Tempo de leitura: 1 minuto, 36 segundos
Sâmia quer explicações do Planalto sobre denúncia de troca de cargos comissionados pelo assassinato de Adriano da Nóbrega

A líder da bancada do PSOL na Câmara, deputada Sâmia Bomfim, protocolou nesta tarde (06.04) um Requerimento de Informação para que a Secretaria Geral da Presidência da República forneça explicações sobre a denúncia de que o Palácio do Planalto teria oferecido cargos comissionados em troca da morte do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega. A resposta é obrigatória em até 30 dias, sob pena de crime de responsabilidade.

A iniciativa acontece após a divulgação, pelo jornal Folha de S. Paulo, de escuta telefônica feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro há dois anos, na qual uma irmã do miliciano militar Adriano Nóbrega acusa o Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão.

“O Brasil já sabia da proximidade do miliciano Adriano Nóbrega com a família Bolsonaro. O ex-policial, ligado ao escândalo das “rachadinhas” e suspeito de envolvimento com o grupo apontado por matar Marielle, sabia demais. No momento em que este grave áudio vem à tona, torna-se ainda mais urgente que as relações íntimas desse governo com a milícia sejam investigadas com rigor”, denuncia Sâmia.

Segundo o jornal, “na gravação, Daniela Magalhães da Nóbrega afirma a uma tia, dois dias após a morte do irmão numa operação policial na Bahia, que ele soube de uma reunião envolvendo seu nome no palácio e do desejo de que se tornasse um ‘arquivo morto’”.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, diz Daniela na gravação autorizada pela Justiça.

(Com informações da Bancada do PSOL)