Coronelismo político em Vinhedo (SP) persegue professora e reforça a cultura de violência contra a mulher
Nosso mandato recebeu informações sobre uma perseguição política em curso contra uma professora da cidade de Vinhedo (SP), configurando mais um caso grave de tentativa de intimidação do trabalho docente.
18 out 2019, 11:57 Tempo de leitura: 1 minuto, 15 segundosReproduzimos abaixo texto elaborado por colegas da professora Virgínia, que tem sofrido tais perseguições e a quem nos solidarizamos:
É quase inacreditável que diante de toda a visibilidade em relação ao problema da violência contra a mulher, uma professora seja processada por conscientizar estudantes sobre os direitos das mulheres.
Pois essa situação esdrúxula está acontecendo em Vinhedo, no interior de São Paulo. O prefeito Jaime Cruz (PSDB) abriu um processo disciplinar contra a educadora Virginia Baldan, que atua há 20 anos na rede municipal de ensino e tem reconhecido compromisso com a educação pública e com a luta pelos direitos das mulheres.
Para agradar setores retrógrados que se sentem ameaçados pelo fortalecimento da luta feminista, o governo Jaime Cruz ignora os princípios da LDB e as diretrizes para o combate à violência contra a mulher previstas na Lei Maria da Penha e na própria Lei Orgânica do Município. Atitude lamentável, ainda mais quando consideramos que é endossada por profissionais da educação, como o secretário municipal da pasta e a supervisora de ensino que “pediu a cabeça” da professora. O machismo, a censura e o assédio moral se combinaram de uma forma vergonhosa em Vinhedo.
Nossos sonhos e nossa dignidade são muito maiores que a ignorância e a covardia desses governos que atacam os direitos das mulheres e de todo o povo brasileiro.
Nossa solidariedade à professora Virginia. Seguimos juntas na luta!