Junto com a bancada do PSOL, Sâmia Bomfim exige explicações sobre demissões na Embraer
Em junho, Embraer assinou contrato milionário com o BNDES; Bancada pede que presidente do Banco esclareça a situação no Plenário.
11 set 2020, 13:47 Tempo de leitura: 1 minuto, 14 segundosA deputada Sâmia Bomfim e a bancada do PSOL fizeram um requerimento para solicitar a presença do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, no Plenário da Câmara dos Deputados. O intuito é que Montezano explique as denúncias sobre as demissões na Embraer.
No início de setembro, foi anunciado na imprensa que a Embraer iria demitir 2,5 mil trabalhadores e há denúncias de que a companhia demitirá mais 900 trabalhadores, além de outras 1,6 mil demissões via plano de demissão voluntária.
O que causa estranheza é o fato de a Embraer ter assinado, em junho de 2020, um contrato de financiamento com o BNDES no valor de US$ 300 milhões, além de financiar US$ 315 milhões por meio de um consórcio de bancos privados e públicos, incluindo o Banco do Brasil.
“Não é razoável que uma empresa que recebe dinheiro público por meio de financiamentos faça uma demissão em massa de trabalhadores. É preciso investigar o que está acontecendo e por isso solicitamos o comparecimento do presidente do BNDES”, diz Sâmia.
Outro fator grave, segundo denúncias dos trabalhadores, é que essas demissões foram realizadas sem nenhum tipo de acordo com sindicado. Isso fere um acordo firmado para preservar os empregos dos trabalhadores durante o período de pandemia.
“Não é justo que os trabalhadores da Embraer sejam prejudicados dessa forma, justamente em meio ao colapso social e econômico que estamos passando”, conclui a deputada.