Pandemia da Covid-19 tem efeito devastador sobre o emprego das mulheres
8,5 milhões de mulheres ficaram fora do mercado de trabalho
3 fev 2021, 08:58 Tempo de leitura: 2 minutos, 1 segundoPesquisa do IBGE apontou que 8,5 milhões de mulheres ficaram fora do mercado de trabalho no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a pandemia do novo coronavírus teve um efeito devastador quando tratamos do emprego das mulheres, em especial os empregos no mercado informal.
O retorno das mulheres ao mercado de trabalho está diretamente ligado à rotina delas em suas casas. Filhos estudando remotamente, pessoas idosas sem poder sair às ruas e o setor empregador da população feminina em baixa atrasam ainda mais as mulheres na recuperação dos espaços de produção da força de trabalho remunerada, formal ou informal.
Algumas questões estruturais e “normas sociais”, que conferem às mulheres responsabilidades pelos cuidados domésticos, geram maior desigualdade na inserção das mulheres no mercado.
A deputada Sâmia Bomfim lembrou que as mulheres são responsáveis pela renda familiar em quase metade dos lares brasileiros. “É alarmante o dado divulgado pelo IBGE, na última Pnad, sobre as mulheres que estão sem atividade remunerada, por estarem realizando inúmeros trabalhos domésticos não remunerado durante a pandemia”, declarou.
Juntamente com o trabalho doméstico – rotineiro e não remunerado – as mulheres são as mais penalizadas e levadas para inatividade por causa do cuidado com filhos e outras pessoas da família.
“Quando defendemos a vida das mulheres, com pleno emprego, creches para deixarem seus filhos e incentivo de políticas públicas para que possam cuidar de suas famílias, estamos defendendo melhoria na economia de todo o Brasil”, apontou Sâmia.
Durante os meses em que famílias receberam o auxílio emergencial houve uma garantia de renda às pessoas desempregadas no Brasil. Com o fim deste benefício, homens e mulheres ficarão sem renda alguma e sem perspectiva financeira para o cuidado com suas famílias.
Sâmia Bomfim defende o retorno imediato do pagamento do auxílio emergencial e a abertura sobre uma renda básica permanente. Em sua conta no Twitter a deputada federal explorou o assunto. “Precisamos enfrentar a fome, o desemprego e a desigualdade social, sabendo que o recorte de gênero é indissociável desses problemas”.
14 milhões de desempregados e a saúde em colapso: a pandemia ainda não acabou. Assine agora pela continuidade do auxílio emergencial.