Deputados querem aprovar PL incluindo grávidas e puérperas no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização
A proposta deve ser pautada em Regime de Urgência na próxima semana
9 abr 2021, 15:42 Tempo de leitura: 2 minutos, 8 segundosNa tarde de quinta-feira (08), a deputada Sâmia Bomfim participou de uma reunião para tratar da prioridade na vacinação de grávidas e puérperas, uma vez que a condição de gravidez já coloca essas mulheres no grupo de risco da Covid-19, por estarem, do ponto fisiológico, mais frágeis e suscetíveis a infecções e contaminações. No encontro estavam Melania Amorim, cientista, pesquisadora e ginecologista-obstetra e o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, autor do PL 936/2021, propõe que grávidas, puérperas e lactantes – com comorbidades – tenham prioridade na vacinação.
Sâmia apensará um Projeto de Lei, na proposta apresentada pelo deputado Marcelo Ramos, solicitando que todas as mulheres grávidas ou puérperas sejam consideradas grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização (PNI) por estarem no grupo de risco por condição do estado fisiológico que se encontram.
Na reunião, a professora Melania falou sobre o manifesto da Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras e convocou toda a sociedade para empenhar todos os esforços no “Chamando à ação para redução da mortalidade materna por Covid-19 no Brasil”
Em todo o ano de 2020 houve um expressivo aumento do número de mortes maternas provocados pelo novo coronavírus no Brasil. Desde abril do ano passado pesquisadoras brasileiras têm advertido e publicado estudos demonstrando a seriedade do problema. O número crescente de mortes durante a gravidez ou no puerpério levou o Brasil a uma posição tal em que 8 de cada 10 mortes maternas relatadas no mundo ocorriam em nosso país.
As grávidas e puérperas tem muito possibilidade de apresentar complicações, durante e pós parto, se tiverem contraído covid.
Em abril de 2020, o Ministério da Saúde incluiu grávidas e puérperas (mães de recém-nascidos com até 45 dias de vida) no grupo de risco da Covid-19, por estarem mais vulneráveis aos efeitos do novo coronavírus.
Em nota, o Ministério destacou que as gestantes e as puérperas são mais suscetíveis a infecções em geral, e que a decisão que as inclui está baseada em estudos e conhecimentos já consolidados sobre a atividade de outros coronavírus e do vírus da gripe comum.
Mesmo sendo consideradas grupo de risco, essas mulheres não estão no grupo considerado prioritário no plano de vacinação do Governo Federal.
O projeto deve ser pautado em regime de urgência na próxima semana.