Sâmia e bancada do PSOL pedem a cassação do deputado bolsonarista Éder Mauro
Representação foi protocolada nesta quinta-feira em parceria com o PT
20 maio 2021, 14:52 Tempo de leitura: 1 minuto, 48 segundosAlém de dar “graças a Deus” por uma falha técnica que tirou a Deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) de uma reunião do Conselho de Ética, o Deputado Éder Mauro (PSD-PA), representante da “bancada da bala”, definiu como uma “chatice” o fato de a Deputada Maria do Rosário, a quem chamou de “criatura desagradável”, ter questionado a autoria do ato. O deputado também havia agredido Rosário chamando-a de Maria do Barraco.
Bia Kicis, presidente da Comissão de Ética, costuma fazer vista grossa aos ataques do deputado que ocorrem frequentemente e, na maioria das vezes, contra mulheres. Kicis não o advertiu quanto a necessidade de manter o decoro nem mesmo quando Mauro se referiu à reunião como “a porra dessa sessão”.
Éder Mauro, que é delegado, costuma gabar-se de “ter matado muitas pessoas”, declaração que faz sempre que pode, independentemente da pauta colocada, da mesma forma que costuma dizer que bandidos merecem morrer. Piadas misóginas também fazem parte da sua atuação, como lembra a deputada Fernanda Melchiona:
“É inadmissível que um deputado, investigado por tortura e que confessou, inclusive, ter praticado assassinatos, ameace parlamentares, legitimamente eleitas, em plena sessão de uma das comissões mais importantes da Câmara dos Deputados. Sua postura, além de machista, é incompatível com o decoro parlamentar. Discursos violentos e odiosos não podem ser tolerados. O silêncio da Câmara Federal é salvo conduto para violência de gênero e machismo. É preciso dar um basta”.
Para Sâmia Bomfim (PSOL-SP), a quem o deputado disse “vá dormir e esqueça de acordar”, os limites do decoro já foram mais que ultrapassados por Eder Mauro sem que nada seja feito:
“O deputado bolsonarista Éder Mauro acha que pode fazer o que quiser na Câmara e extrapolou todos os limites do aceitável ameaçando de morte outras parlamentares em plena CCJ. Seu objetivo foi intimidar as vozes de oposição a esse governo genocida, mas nós não nos calaremos. O comportamento criminoso e repetitivo de Éder Mauro não pode ser tolerado. É fundamental que ele seja exemplarmente punido”, defendeu a deputada