PSOL cobra explicações sobre a falta de auxílio para fila do Bolsa Família

Os deputados federais do PSOL protocolaram na segunda-feira (14) um Requerimento de Convocação ao ministro da Cidadania, João Roma, para explicar os mais de 400 mil cidadãos cadastrados e aptos que ficaram sem o auxílio emergencial neste ano, apesar do governo Bolsonaro dizer que os recursos para o pagamento da assistência emergencial na pandemia estão sobrando.

A bancada também fez uma denúncia ao TCU, onde destacam que há fortes indícios de que se trata de mais um instrumento de obstrução deliberada (visando a contração fiscal), por parte do Governo Federal, da concessão dos benefícios referentes ao auxílio emergencial e Programa Bolsa Família a lares devidamente inscritos no Cadastro Único:

“É absolutamente ilegal e inconstitucional, num momento de grave crise, que o Estado brasileiro deixe desamparado mais de 400 mil famílias”, ressalta o texto.

A líder do PSOL na Câmara disse que é urgente o atendimento às família. “São 400 mil famílias entrando em situação de vulnerabilidade, de fome. O ministro da Cidadania não só deve explicações imediatas como precisa pagar logo”, disse Talíria.

As 400 mil inscrições foram feitas no início do ano, quando a nova rodada do auxílio ainda não havia sido lançada. Todas foram analisadas pelo ministério da Cidadania e confirmadas que estão abaixo da linha de pobreza e de extrema pobreza, previstas no Bolsa Família.

Sâmia Bomfim declarou que o TCU deve analisar a denúncia com celeridade e, caso haja comprovação de crime, deverá penalizar os responsáveis. “Vivemos um momento de crise social profunda no Brasil e a fome voltou a ser um problema real para as famílias. Me parece inimaginável que o governo Bolsonaro deixe milhares de pessoas sem o amparo dessa importante política pública, como é o Bolsa Família”, destacou a deputada federal.