PSOL pede que PGR também inclua Adrilles no processo sobre nazismo
Para Sâmia, o gesto que remete a saudação nazista feito pelo comentarista da Jovem Pan News merece punição rigorosa
9 fev 2022, 18:49 Tempo de leitura: 2 minutos, 0 segundosA bancada do PSOL na Câmara protocolou agora no início da tarde uma representação na Procuradoria Geral da República para que o comentarista da Joven Pan seja investigado no mesmo âmbito do processo que investiga o deputado Kim Kataguiri e o youtuber Bruno Aiub, o Monark, por crime de apologia ao nazismo.
A Bancada também pede a responsabilização da emissora. Não é o primeiro caso envolvendo violação de Direitos Humanos e ataques contra o Estado Democrático de Direito na Jovem Pan:
O jornalista Augusto Nunes chamou Guilherme Boulos de “gigolô de sem-teto”, também em programa ao vivo e foi condenado a indenizar Boulos. Outro nome conhecido da Jovem Pan, Rodrigo Constantino, divulgou um vídeo nas redes sociais comentando o caso de Mariana Ferrer, que foi vítima de estupro, e afirmou que, sob as mesmas circunstâncias, não denunciaria os possíveis estupradores da sua própria filha. Por essa declaração, em novembro de 2020 ele foi desligado da emissora, mas, meses depois, já estava de volta, apresentando o Programa “Pingo no Is” – e substituindo Augusto Nunes.
Na representação os parlamentares, entre outras coisas, sugerem que “a) A Procuradoria Geral da República, pelos meios que julgar adequados, ordene que a emissora exiba, à título de contrapropaganda, no mesmo veículo, local, espaço e horário da transmissão impugnada, programas de promoção dos Direitos Humanos, produzidos e/ou indicados pelas entidades da sociedade civil atuantes na área; b) A promoção, pelos meios que julgar adequados, da responsabilização da emissora e do Representado ao dano moral coletivo, diante da grave ofensa aos princípios constitucionais proferidas pela apresentadora, em horário nobre, em uma concessão pública”.
Para a líder da bancada, deputada Sâmia Bomfim, o gesto nazista feito na Jovem Pan é tão grave quanto as declarações feitas pelo apresentador do podcast: “Ambas merecem investigação e punição rigorosa. Por isso que estamos sugerindo que o processo aberto pela PGR sobre o caso Monark também inclua o episódio de ontem protagonizado por Adrilles e, da mesma forma, responsabilize a emissora, que é antes de tudo uma concessão pública, não pode violar a lei, a Constituição Federal e os Tratados Internacionais de Direitos Humanos com repertórios violentos, racistas, xenófobos, antissemitas e suprematistas!”, enfatizou.