Ocupa Congresso: Pela vida das mulheres e meninas
Nas últimas semanas, graves casos de crimes contra meninas e mulheres provaram a necessidade de mobilizar a sociedade
12 jul 2022, 17:44 Tempo de leitura: 2 minutos, 5 segundosA Frente Nacional contra a Criminalização de Mulheres e pela Legalização do Aborto e a Frente Parlamentar Feminista Antirrracista realizam, nesta quarta-feira (13), no Hall da Taquigrafia da Câmara dos Deputados, o ato Ocupa Congresso pela vida das mulheres e meninas.
O início do ato está previsto para as 12h. A partir das 16h, a frente se reúne com parlamentares no plenário 16 da Câmara. O objetivo da ocupação é abrir um diálogo com parlamentares não identificadas com a agenda de retrocessos do segmento religioso fundamentalista. Esse segmento apresenta propostas como abstinência sexual como método de cuidado sexual e planejamento reprodutivo, além de proposições legislativas que criminalizam organizações e pessoas defensoras de direitos.
“Essa ação cumpre um importante papel que é chamar a atenção do Congresso Nacional e das candidaturas que concorrem ao pleito eleitoral que não podemos aceitar retrocessos aos direitos conquistados. As mulheres brasileiras já entenderam a ameaça constante que sofremos com tentativas legislativas que tentam impor moral religiosa de ultra direita, atravessando os princípios da laicidade do Estado”, ressalta Joluzia Batista, integrante da Frente Nacional contra a Criminalização de Mulheres e pela Legalização do Aborto.
A Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto é composta por 59 organizações entre 17 frentes estaduais, movimentos e organizações feministas A Frente Parlamentar Feminista Antirracista (FPFA) é uma iniciativa que nasce em 2019 em um contexto de aumento da violência política de raça e gênero nas esferas políticas. A FPFA conta com a participação popular com cerca de 15 movimentos feministas e desenvolve ações de combate ao machismo e racismo institucional nos espaços de poder e decisão.
Nas últimas semanas, graves casos de desrespeito aos direitos das meninas e mulheres provaram a necessidade de mobilizar o Congresso e a sociedade como um todo contra a violação de direitos. Já em Santa Catarina uma menina de 11 anos, vítima de estupro, teve o direito a aborto negado por uma juíza. Após recurso, o procedimento foi autorizado, mas a promotora que acompanhava o caso determinou perícia nos restos fetais.
Serviço
Ocupa Congresso pela vida das mulheres e meninas
Data: Quarta-feira, 13/07
12h: Ato em defesa da vida das mulheres e meninas no hall da taquigrafia da Câmara dos Deputados
16h: Reunião das parlamentares (amplas e aliadas) com as frentes e movimentos, no plenário 15 ou 16