Em nota, Sâmia apoia mobilização de motoristas de app em Ribeirão Preto

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) manifesta seu apoio aos motoristas de aplicativos do município de Ribeirão Preto, que estão mobilizados há cerca de três semanas por melhorias em suas condições de trabalho, tendo em vista o total descaso e desamparo por parte das plataformas, além congelamento dos valores repassados por cada corrida, que seguem inalterados desde 2016.

De acordo com Asso­ciação dos Motoristas de Apli­cativos de São Paulo (Amasp) e a Federação dos Mo­toristas de Aplicativos do Bra­sil (Fembrapp), as empresas responsáveis pela tecnologia dos aplicativos mudaram o sistema de cobrança em 2019 e, desde então, houve reajuste nos valores cobrados aos clientes, mas o acréscimo não foi repassado aos colaboradores. Há casos em que o desconto no pagamento chega a 60% para o motorista.

Nesse mesmo período, a inflação afetou, especialmente, os gastos com o automóvel, refletindo no aumento do preço do combustível, do óleo, do aluguel, do financiamento, da manutenção e dos impostos do veículo, tornando a atividade inviável para os trabalhadores que, agora, enfrentam longas jornadas durante todos os dias para poder cumprir a meta mínima de lucro.

Além disso, o contexto do mercado de trabalho brasileiro continua crítico, com altas taxas de desemprego, o que torna o segmento de transporte por aplicativos uma alternativa para que milhares de pessoas possam levar comida à mesa de suas casas. Sem as condições mínimas de dignidade, esses trabalhadores têm desenvolvido problemas de saúde física e mental, além de estarem cotidianamente vulneráveis aos diversos problemas relacionados à segurança no trânsito.

Diante deste cenário, o mandato da deputada endossa a mobilização dos motoristas destacando a importância do serviço para garantir a mobilidade urbana a milhares de pessoas diariamente. É preciso valorizar e respeitar as demandas desses sujeitos que contribuem para que as grandes empresas alcancem seus objetivos globais, contudo, há muito tempo enfrentam a precarização e têm seus direitos continuamente violados.