Sâmia Bomfim e Fernanda Melchionna protocolam pedido de prisão preventiva de Bolsonaro

Ofício enviado ao STF, à PF e ao MPF se baseia na reportagem do The New York Times que revelou o refúgio do ex-presidente na embaixada da Hungria após ter o passaporte confiscado

27 mar 2024, 19:14 Tempo de leitura: 1 minuto, 24 segundos
Sâmia Bomfim e Fernanda Melchionna protocolam pedido de prisão preventiva de Bolsonaro

Fonte: Reprodução

As deputadas federais do PSOL Sâmia Bomfim (SP) e Fernanda Melchionna (RS) enviaram ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) , à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, em virtude de sua tentativa de fuga na embaixada da Hungria. A iniciativa ocorreu após o jornal americano “The New York Times” revelar que Bolsonaro passou duas noites dias no local, em um episódio que se deu quatro dias após a PF confiscar seu passaporte e prender dois de seus ex-assessores sob acusações do planejamento de golpe.

Segundo informações obtidas pelo veículo, as imagens do sistema de segurança da embaixada da Hungria em Brasília mostram Bolsonaro acompanhado de dois seguranças, permanecendo no local do dia 12 ao dia 14 de fevereiro. As parlamentares apontam que “parece clara a tentativa de fuga empreendida pelo ex-chefe do Poder Executivo”. A conduta, segundo elas, se enquadra nos requisitos para decretação de prisão preventiva dispostos no art. 312 do Código de Processo Penal.

“Não há outra razão plausível para que o indiciado se refugiasse por dois dias em uma embaixada estrangeira, cujo Chefe de Estado possui vínculos políticos e ideológicos amplamente conhecidos com o ex-presidente do Brasil, circunstância que poderia possibilitar a concessão de asilo político para protegê-lo das autoridades nacionais”, dizem as deputadas no documento.

O ex-presidente, conhecido por sua proximidade ideológica com líderes de extrema-direita, também foi visto em encontros diplomáticos com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, como durante a posse do presidente argentino Javier Milei em dezembro de 2023.