Auditório na USP fica lotado para receber caravana em defesa do mandato de Glauber Braga

A caravana Glauber Fica chegou a São Paulo na noite da última segunda  (23), com um ato político-cultural que lotou o auditório da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. A atividade foi marcada por discursos em defesa do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), ameaçado de cassação após ser alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Com participação das deputadas Sâmia Bomfim e Luiza Erundina, das vereadoras Luana Alves (São Paulo) e Bruna Biondi (São Caetano) – todas do PSOL – , do cantor Leoni e outras personalidades, o evento reforçou a mobilização nacional contra o processo considerado persecutório e político.

“Eu vejo esse processo de cassação também como uma comprovação de que estamos no lado certo da história”, afirmou Sâmia. Em sua fala, a deputada criticou a postura do Congresso Nacional, que, segundo ela, poupa aliados de interesses antidemocráticos, como Ramagem e Zambelli, enquanto retalia parlamentares combativos. “Seguiremos denunciando os ataques à classe trabalhadora e lutando pelos direitos do povo. Glauber fica!”, completou.

Ao discursar, Glauber reafirmou o caráter político da tentativa de cassação. “Na Câmara, absolutamente todo mundo sabe que eu não estou sendo julgado pela minha reação a um provocador. Se fosse por isso, outros casos muito mais graves não estariam sendo ignorados. Esse é um ataque à militância e ao papel combativo dos mandatos socialistas”, declarou. O deputado lembrou ainda que sua atuação tem incomodado os setores que desejam enfraquecer as lutas populares e criminalizar parlamentares de esquerda.

A caravana nacional percorre todos os estados do país para denunciar o avanço de perseguições políticas contra mandatos progressistas e fortalecer o apoio ao parlamentar do PSOL. O processo contra Glauber foi aprovado no Conselho de Ética e agora aguarda para ser analisado no plenário

Segundo o deputado, a tentativa de cassação é uma retaliação ao histórico de denúncias feitas por ele, especialmente sobre o orçamento secreto, e representa um risco à liberdade de expressão e ao direito democrático de representação parlamentar.