Sâmia e PSOL querem convocar Pazuello para cobrá-lo sobre o fim dos programas de saúde mental do SUS
Extinção da Política Nacional de Saúde Mental pode resultar no fim dos CAPS.
7 dez 2020, 18:48 Tempo de leitura: 1 minuto, 13 segundosA bancada do PSOL na Câmara protocolou requerimento de convocação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para ser inquirido acerca do “revogaço” anunciado no âmbito da Política Nacional de Saúde Mental.
Segundo divulgado pela imprensa, o governo Bolsonaro pretende cancelar cerca de cem portarias sobre saúde mental editadas entre 1991 a 2014, que encerrarão diversos programas e serviços do setor – mais um movimento claro na tentativa de desmantelamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
“As políticas de saúde mental desenvolvidas e implementadas através do SUS são reconhecidas e fazem a diferença na vida de milhares de brasileiros. Só os Centros de Atenção Psicossocial, os Caps, somam mais de 2600 unidades em todo o País atendendo à população mais vulnerável. São três décadas de um trabalho muito importante que pôs fim à era sombria dos hospitais psiquiátricos. Mas, para Bolsonaro, nada disso importa. A revogação dos programas de saúde mental do SUS é um retrocesso sem precedentes. Diversos movimentos de luta antimanicomial, famílias e usuários dos Caps e profissionais de saúde estão mobilizados para resistir a esse desmonte. Queremos convocar o ministro Pazuello para cobrar-lhe e apresentar a ele a insatisfação de milhares de brasileiros com essa medida autoritária e irresponsável”, declarou a líder da bancada, Sâmia Bomfim (SP).