Deputada Sâmia promove audiência sobre segurança pública, desmilitarização e direitos humanos
Audiência pública “Violação dos direitos humanos dos policiais, violência policial contra a população e a desmilitarização da segurança pública” aconteceu na última quarta (17)
23 abr 2024, 20:46 Tempo de leitura: 1 minuto, 53 segundosTexto original publicado pela revista Movimento
Na quarta (17), por proposição da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) em articulação com Zé Maria (PSTU), em Brasília, aconteceu a audiência pública “Violação dos direitos humanos dos policiais, violência policial contra a população e a desmilitarização da segurança pública”. A atividade, realizada na Comissão de Legislação Participativa (CLP), contou com a presença de operadores de segurança pública, movimentos sociais e partidos políticos.
A mesa de debates foi composta por Zé Maria (presidente nacional do PSTU), Vinícius Souza (capitão da Polícia Militar do Espírito Santo), Luiz Fernando Passinho da Silva (cabo da Polícia Militar do Pará), Orlando Zaccone D’elia Filho (policial civil), Fabrício Rosa (policial rodoviário federal), Ederson de Oliveira Rodrigues (soldado da Brigada Militar do Rio Grande do Sul), Priscila Akemi Beltrame (presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Paulo) e Cláudio Aparecido da Silva (ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo).
Em uma das intervenções, o policial da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Ederson de Oliveira, destacou que os praças são o elo mais frágil da militarização, concentrando os problemas psicológicos decorrentes do exercício profissional e sendo vítimas de abusos de autoridade de seus superiores. O brigadiano Ederson também tornou público na audiência o inquérito policial a que está sendo submetido por ter participado de um ato em protesto às investidas antidemocráticas e golpistas ilustradas no dia 8 de janeiro.
A deputada Sâmia Bomfim situou a audiência pública no marco das operações policiais realizadas em São Paulo, como a operação Verão. Essa operação, que corresponde a segunda fase da operação Escudo, tornou-se a segunda mais letal (56 mortos) da Polícia Militar de São Paulo. O que, segundo Sâmia, reforça a necessidade de que mais debates públicos e iniciativas ao redor da segurança pública, com uma agenda própria, sejam tomados.
Assista a audiência pública na íntegra: