“Retorno Seguro às Aulas: O que diz a ciência”
Debate promovido pela Subcomissão de Retorno Seguro às Aulas ouviu especialistas no tema
22 abr 2021, 21:00 Tempo de leitura: 2 minutos, 36 segundosA Subcomissão de Retorno Seguro às Aulas, ligada a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, promoveu um debate importante nesta quinta-feira (22). “Retorno Seguro às Aulas: O que diz a ciência” ouviu especialistas e pesquisadores na temática Educação.
Os participantes foram os professores: Domingos Alves (USP), Fernando Cássio (UFABC e REPU – Rede Escola Pública e Universidade), Daniel Cara (Campanha Nacional pelo Direito à Educação). Representando os deputados federais: Sâmia Bomfim (Presidente da subcomissão), Professor Israel (relator da subcomissão), Adriana Ventura e Paula Belmonte.
Durante mais de duas horas de debate, os professores e especialistas em educação apresentaram dados que apontam os riscos da volta às aulas sem a vacinação dos profissionais de educação em todo Brasil.
Sâmia salientou o que vem falando sempre. “O ensino presencial é insubstituível, mas não neste momento de agravamento da pandemia da Covid-19”. A deputada ainda refutou as declarações daqueles que chamam os professores de preguiçosos. “Os profissionais de educação não gostam de fazer o trabalho domiciliar. Eles sabem exatamente o papel que têm na sala de aula”.
A parlamentar do PSOL/SP ainda afirmou que o governo Bolsonaro está condenando os estudantes, suas famílias e os profissionais de educação à morte.
Para o professor Domingos Alves, o Ministério da Educação devia estar mais presente no debate, oferecendo propostas que deixem a comunidade escolar mais segura para o retorno às aulas. “A situação pandêmica no Brasil ainda é bastante grave e não houve estabilização no caso de infectados e mortos pelo novo coronavírus.
Ao apresentar dados relacionados a volta às aulas em diversos países e algumas regiões do Brasil, o professor Daniel Cara argumentou que é preciso garantir o retorno da comunidade escolar com qualidade e segurança. “Defendemos a educação presencial, defendemos uma escola com padrão de qualidade alta, uma escola que, inclusive, fique aberta aos finais de semana, para que os alunos tenham acesso às bibliotecas e ao espaço de lazer das escolas. Mas este retorno precisa acontecer com a maior segurança possível”, destacou.
Diversas pessoas participaram do debate, por meio das redes sociais. Na discussão pelo chat do Youtube Carlos Costa comentou: O governo sucateia as escolas e quer obrigar professores a trabalhar sem o mínimo de segurança.
Para o membro da REPU, Fernando Cássio, quando as pessoas falam em escola segura devemos materializar que risco é este. “Devemos exigir das autoridades que eles publiquem dados sobre a situação das redes de ensino em todo o Brasil, pois os dados primários não estão disponíveis para pesquisa”, alertou.
Todos os parlamentares tiveram espaço para exposição de suas posições.
A deputada Sâmia Bomfim encerrou a reunião alertando que o Brasil só pode ter um retorno às aulas minimamente confiável quando o governo federal investir, de fato, em educação e oferecer um aporte financeiro para as redes de escolas públicas.
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