Ato em defesa do mandato de Glauber reúne 2 mil pessoas no Rio

Com informações do ICL Notícias

O ato em defesa do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), realizado na noite desta quinta (19), lotou a sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. A pedido do partido NOVO, o parlamentar enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro que pode levar à cassação de seu mandato.

A manifestação lotou a ABI com a participação de, aproximadamente, duas mil pessoas. Políticos e artistas também marcaram presença, como os deputados federais Luiza Erundina (PSOL-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Tarcísio Motta (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB- RJ), Chico Alencar (PSOL- RJ) e Reimont (PT- RJ); o deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ); e a atriz Elizabeth Savalla. Em mensagens de vídeo, Glauber recebeu apoio de personalidades como Chico Buarque, Frei Betto, Leonardo Boff, Teresa Cristina, Zélia Duncan, Leoni, Edgard Scandurra e Milton Leite.

O movimento ganhou caráter nacional, com a convocação de atos em diversos estados do Brasil, como São Paulo, Fortaleza (CE) e outras cidades do RJ. Em Maceió – capital de Alagoas, terra natal do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) – também na quinta, manifestantes exibiram faixas com os dizeres: “Glauber fica! Fora Lira”.

Em sua fala, durante o ato, Sâmia Bomfim disse que o processo contra Glauber é uma farsa: “Um mandato popular, comprometido com as lutas das trabalhadoras e trabalhadores, que não pede benção para presidente da Câmara algum e não tem medo em defender seus ideais. Não vamos aceitar a perseguição e o cerceamento dos direitos de quem luta!”. Para Erundina, defender o mandato de Glauber é “defender a democracia, a participação popular na política, e a soberania do nosso povo”.

A defesa do mandato de Glauber Braga recebeu apoio de sindicalistas, movimentos sociais e artistas do campo progressista de todo o país. O Sindicato dos Moedeiros, representante dos trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil, publicou nota de solidariedade.

Entenda

Em abril de 2024, o deputado retirou à força um integrante do MBL que ofendeu a mãe de Glauber, então hospitalizada e que viria a falecer no mês seguinte. Em agosto, o episódio foi examinado pelo Conselho de Ética e recebeu parecer de admissibilidade do relator do caso, Paulo Magalhães (PSD-BA). Glauber reagiu, acusando o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), de perseguição e de estar articulando a cassação de seu mandato.

Na reunião do Conselho de Ética realizada semana passada, o início da investigação por quebra de decoro parlamentar foi admitido.

Clique aqui e assine a petição em defesa do mandato de Glauber Braga

Foto: Rebeca Myer/ASCOM-Sâmia Bomfim