Acampamento Terra Livre: uma luta legítima e necessária
Bolsonaro convoca Força Nacional para receber os povos indígenas, que não se intimidam e seguem na luta.
24 abr 2019, 18:01 Tempo de leitura: 1 minuto, 28 segundosComeçou nesta quarta-feira, 24, o Acampamento Terra Livre (ATL), um encontro no qual reúnem-se, em Brasília, lideranças e representantes indígenas de todo o país.
O evento existe há mais de 15 anos e sempre foi o mais importante dentro calendário de lutas dos povos indígenas. Só que desta vez, ele começou num contexto muito grave antes mesmo do início da programação oficial, que segue até 26 de abril.
Há dias, Bolsonaro desqualifica o Acampamento Terra Livre, chamando-o de “encontrão de índios”. Ele chegou a mentir – como de costume – ao afirmar que os cidadãos pagariam o evento.
Todos sabem que o ATL é financiado pelos próprios indígenas e pelos apoiadores da causa. Mas o que Bolsonaro pretendia, na realidade, era diminuir a importância do movimento para justificar o uso da Força Nacional nas áreas do encontro, em Brasília.
A política de Bolsonaro resume-se em criminalizar lutas e retirar direitos. E os povos indígenas são os principais alvos desse presidente, que já declarou que sob seu comando “não haveria mais nenhum centímetro de terra demarcada” e que não esconde de ninguém seu objetivo: acabar com os direitos dos indígenas, exaurir as terras e destruir os povos.
É por isso que o militar faz de tudo para tentar desmobilizar o movimento, conhecido por ser atento e combativo na luta pela garantia de territórios e pela preservação da cultura, da identidade e do modo de vida indígena.
Os tempos estão difíceis, mas seguiremos denunciando as atrocidades de Bolsonaro – como a extinção de centenas de conselhos sociais que tratam da pauta – e apoiando a luta dos povos indígenas.