Intelectuais, ex-ministros e parlamentares assinam petição contra corte de gastos do governo Lula
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) é uma das signatárias do Manifesto Contra o Pacote Antipopular, lançado nesta quarta (30) pela Revista Movimento
1 nov 2024, 21:35 Tempo de leitura: 2 minutos, 20 segundosA deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) é uma das signatárias do Manifesto Contra o Pacote Antipopular, lançado nesta quarta (30). A iniciativa, que reúne centenas de intelectuais, economistas, ex-ministros, professores, ativistas outros parlamentares de esquerda, denuncia as medidas de corte de gastos sociais previstas pela equipe econômica do governo federal.
O documento critica a política de austeridade fiscal conduzida pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), que inclui possíveis mudanças em benefícios como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), seguro-desemprego e o fim da multa de 40% do FGTS em demissões sem justa causa. “Essas medidas são reflexos diretos do Novo Arcabouço Fiscal, que prioriza interesses financeiros em detrimento de investimentos em saúde, educação e previdência. É um ataque frontal aos direitos do povo brasileiro”, afirmou Sâmia.
Além da deputada, o manifesto conta com o apoio de personalidades como os ex-ministros Roberto Amaral e José Gomes Temporão, os intelectuais Vladimir Safatle e Ricardo Antunes, e parlamentares como Luiza Erundina, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Chico Alencar e Tarcísio Motta, todo do PSOL. O texto condena as restrições impostas pelo Novo Arcabouço Fiscal, que, segundo os signatários, geram um “achatamento contínuo dos investimentos públicos, agravando desigualdades e atacando direitos básicos”.
O manifesto está aberto para adesões públicas e reforça a importância de uma mobilização social ampla contra a agenda de cortes. “Na Câmara dos Deputados, atuarei para barrar essas medidas, que prejudicam a população mais vulnerável e comprometem o desenvolvimento do país. É fundamental que a sociedade se organize e pressione para impedir esses retrocessos”, declarou Sâmia.
O que está em jogo?
As medidas incluem ajustes em benefícios sociais que atingem principalmente mulheres negras, pessoas com deficiência e trabalhadores de baixa renda, grupos que dependem de políticas públicas para sobreviver. O manifesto alerta que o pacote “ignora as desigualdades estruturais do Brasil e coloca em risco conquistas históricas da classe trabalhadora”.
O documento também destaca que, enquanto direitos sociais são comprimidos, despesas financeiras como o pagamento de juros continuam protegidas. Os signatários pedem a alteração ou revogação do arcabouço fiscal, para priorizar políticas de inclusão e proteção social.
Assine também!
O manifesto foi articulado pela Revista Movimento, publicação teórico-política impulsionada pelo Movimento Esquerda Socialista (MES) – organização política fundadora do PSOL -, orientada para o debate de ideias e a elaboração programática do pensamento crítico produzido dentro e fora da academia.
Para assinar o Manifesto Contra o Pacote Antipopular, acesse manifestopacoteantipovo.com.br.
Foto: Diogo Zacarias/Agência Brasil