Sâmia pede que PGR apure ‘atos conspiratórios’ de Eduardo Bolsonaro após tarifaço de Trump
Deputada quer que Paulo Gonet investigue ainda eventuais ligações do parlamentar licenciado com autoridades estrangeiras no fomento a sanções econômicas ao Brasil
11 jul 2025, 20:08 Tempo de leitura: 2 minutos, 4 segundos
Texto publicado pela coluna Lauro Jardim, do portal O Globo
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) pediu à PGR que apure supostos atos conspiratórios e que atentam contra a soberania nacional por parte de Eduardo Bolsonaro, após Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros.
A parlamentar quer que Paulo Gonet instaure um inquérito e investigue ainda eventuais ligações do deputado licenciado e autoridades estrangeiras no fomento a sanções econômicas ao Brasil com fins políticos.
Na notícia-crime, Sâmia também pleiteia que a PGR avalie não apenas sua responsabilização penal e cível, mas a possibilidade de incluir tais fatos no inquérito em curso no STF que averigua sua estadia nos Estados Unidos. Ele é investigado pela suposta prática de crimes como coação, obstrução de investigação e abolição violento do Estado democrático.
egundo o documento, “é evidente que as declarações (de Trump) se sustentam em uma narrativa narrativa fantasiosa e politicamente motivada, cuja intenção manifesta é constranger as instituições brasileiras, pressionar o Poder Executivo e o Judiciário e legitimar a atuação da extrema-direita brasileira no exterior”.
Para a deputada do PSOL, há registros públicos de que Eduardo tem atuado reiteradamente contra os interesses nacionais, participando de encontros com representantes da extrema-direita americana, promovendo campanhas de desinformação sobre o sistema democrático brasileiro e antecipando medidas que seriam adotadas pelo governo Trump.
Após o anúncio de Trump, citando em carta Jair Bolsonaro, Eduardo publicou um vídeo nas redes sugerindo uma anistia ampla, geral e irrestrita como solução para evitar um desastre. Antes, no entanto, o deputado antecipou o anúncio de sanções comerciais ao Brasil.
Diz a notícia-crime:
“As ações de Eduardo Bolsonaro, ao se aliar a interesses estrangeiros com o propósito de pressionar instituições democráticas e enfraquecer a soberania do Estado brasileiro e o pleno funcionamento de suas instituições, notadamente a soberania do sufrágio universal e a independência e livre exercício do Poder Judiciário, criando animosidades geopolíticas e econômicas com o Brasil com repercussão concreta no estabelecimento de uma guerra tarifária em prejuízo da economia e do povo brasileiro, desencadeando um processo de desdobramentos futuros imprevisíveis, violam frontalmente estes dispositivo, sendo, portanto, passíveis de apuração rigorosa e eventual responsabilização penal”.
Foto: Reprodução/Web