Parlamentares do PSOL interpelam Braga Netto sobre decreto de Bolsonaro que autoriza militares dos EUA no Brasil
Requerimento de Informação foi emitido pela Bancada do PSOL ao ministro da Defesa
20 out 2021, 20:25 Tempo de leitura: 1 minuto, 38 segundosPublicado em 14/10, o Decreto de nº 10.834 autoriza o ingresso e a permanência temporária de forças militares dos EUA no território nacional para participarem, em conjunto com o Exército Brasileiro, do chamado exercício de adestramento combinado CORE 21.
No RI protocolado no Ministério da Defesa, os deputados do PSOL indagam qual a base normativa que justifica esse tipo de operação; quando e por meio de que dispositivo este exercício foi pactuado entre os países; os custos e a previsão orçamentária; os postos e as patentes dos 240 militares; os modelos e a quantidade dos armamentos que serão utilizados; a cargo de quem ficará o monitoramento das atividades; quem orientou ou recomendou tal cooperação; entre outros questionamentos:
“Qual o objetivo, estrutura e programação do exercício de adestramento combinado CORE 21 (do inglês Combined Operations and Rotation Exercises)? Há relação com o exercício realizado em Louisiana (EUA) no início deste ano? Quando e por meio de que dispositivo este exercício foi pactuado?”, destaca a primeira de uma série de perguntas do documento protocolado na quinta-feira (14).
Os parlamentares também solicitam lista de todas as ocasiões em que, nos últimos dez anos, militares de outras nacionalidades tenham sido autorizados a entrar no Brasil, com a descrição do quantitativo e justificativa.
Para o deputado Glauber Braga, a crescente ação orquestrada para a presença de militares dos EUA em território brasileiro é preocupante: “Não podemos permitir que Bolsonaro faça do nosso país o que figuras como Uribe fizeram na Colômbia. Não aceitamos ser base do imperialismo, nem plataforma de tiro contra irmãos latino-americanos”, ressalta.
Os deputados Glauber Braga e David Miranda apresentaram convocação do Ministro na Creden.
Além das iniciativas parlamentares o partido também entrou com uma ação de mandado de segurança no STF para tentar barrar o treinamento.