A pedido do PSOL, Câmara poderá investigar deputados indiciados pela CPI da Covid
Representação foi entregue ao presidente Arthur Lira e ao corregedor da Casa, Paulo Bengston
27 out 2021, 18:12 Tempo de leitura: 1 minuto, 51 segundosA bancada do PSOL protocolou nesta quarta-feira (27) uma representação ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e ao corregedor da Casa, Paulo Bengston, contra os deputados bolsonaristas indiciados no relatório final aprovado pela CPI da Covid do Senado Federal.
Bia Kicis, Carla Zambelli, Carlos Jordy, Eduardo Bolsonaro, Osmar Terra, Ricardo Barros e Onyx Lorenzoni são os alvos da ação que denuncia a quebra do decoro parlamentar.
Os deputados governistas acumulam uma série de graves denúncias que constituem crimes comuns, atos de improbidade administrativa, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
Todos os apontados na representação estiveram na linha de frente da estratégia do governo federal e foram responsáveis diretos pelo completo fracasso do Brasil no combate à pandemia e pelas mais de 600 mil mortes pela Covid-19 no país.
O PSOL solicita que a representação seja enviada à Corregedoria Parlamentar, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou à Mesa Diretora da Casa para viabilizar a apuração dos atos praticados pelos deputados bolsonaristas.
A deputada Sâmia Bomfim disse que é justa a continuidade das investigações no âmbito da Câmara Federal.
“É fundamental que Câmara dos Deputados também investigue e responsabilize os deputados indiciados na CPI. A comissão especial trouxe à tona vários crimes, portanto, nada mais justo que a investigação possa ser levada adiante e haja punição daqueles que foram responsáveis pelo agravamento da situação social e sanitária no Brasil”, apontou
O relatório da CPI atribui o crime de incitação ao crime para Bia Kicis, Carla Zambelli, Carlos Jordy e Eduardo Bolsonaro. O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, é acusado de incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.
Onyx Lorenzoni, deputado licenciado e atualmente ministro no governo Bolsonaro, tem atribuído a si as práticas de incitação ao crime e de crimes contra a humanidade.
Já Osmar Terra foi apontado como um dos integrantes do gabinete paralelo que definia a estratégia do governo brasileiro perante a pandemia. A CPI sugeriu seu indiciamento sob a acusação de epidemia com resultado morte e incitação ao crime.