Bancada do PSOL protocola convocação de ministro da Educação para explicar crise no INEP e ENEM 2021
Mais de 27 servidores pediram exoneração do órgão faltando apenas 13 dias para a realização da primeira prova do Enem 2021
8 nov 2021, 19:17 Tempo de leitura: 1 minuto, 49 segundosOs deputados do PSOL querem que Milton Ribeiro, ministro da Educação, compareça à Comissão de Educação para esclarecer o pedido de exoneração e dispensa coletiva por parte de ao menos 27 servidores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), faltando apenas 13 dias para a realização da primeira prova do Enem 2021.
“Esses servidores são de fundamental importância para a realização do Enem, muitos com comprovada experiência. Em sua carta de demissão, os servidores denunciam a fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”, afirmaram os parlamentares.
No Requerimento de Convocação, assinado pelo membros da Comissão de Educação Talíria Petrone, Sâmia Bomfim, Glauber Braga e Ivan Valente, os deputados destacam ainda a sucessão interminável de ataques que o setor da Educação vem sofrendo no governo Bolsonaro:
“Na gestão de Jair Bolsonaro, como é sabido, a Educação tem sofrido uma sucessão interminável de ataques. Multiplicam-se, em ritmo quase diário, as agressões à autonomia universitária e à liberdade de cátedra, bem como as afrontas ao livro didático, somados à militarização das escolas e aos cortes orçamentários que sufocam as universidades federais. Nesse cenário sombrio, o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, porta de entrada para o ensino superior de vital importância para milhões de estudantes brasileiros, tem sido prejudicado por uma gestão desastrada por parte do MEC, marcada por ineficiência , irresponsabilidade (veja-se a realização do Enem 2020 em pleno pico da pandemia de coronavírus, antes do início da vacinação, contra a vontade expressa dos estudantes e as advertências de especialistas) e mesmo arroubos autoritários, como a ameaça de criação de um “tribunal ideológico” para exercer censura prévia às questões do certame”, aponta o documento.
Nas redes sociais, a deputada federal Sâmia Bomfim se manifestou sobre o acontecimento lembrando que a gestão Bolsonaro é marcada pelos exames mais injustos e esvaziados da história e parece que uma vez mais caminha para um atentado contra a educação.