MP vai investigar violências políticas de gênero sofridas por deputadas estaduais e vereadoras do PSOL
Ataques aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro, São Caetano do Sul (SP) e Niterói (RJ) e pena pode chegar a quatro anos de prisão
5 jul 2022, 20:07 Tempo de leitura: 1 minuto, 37 segundosO Ministério Público Eleitoral vai investigar ameaças e violência política de gênero sofridas pelas vereadoras Benny Briolly (Niterói-RJ) e Bruna Biondi (São Caetano do Sul-SP), e pelas deputadas estaduais Monica Seixas (SP) e Renata Souza (RJ). Todas do PSOL. A informação foi enviada na segunda-feira (20/6) pelo MP Eleitoral à bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, que havia cobrado, em maio, investigações sobre os quatro casos.
As apurações foram encaminhadas pelo MPE federal a procuradorias em São Paulo, Rio de Janeiro, São Caetano do Sul (SP) e Niterói (RJ)
Relembre os episódios
Em maio deste ano, o deputado estadual Rodrigo Amorim, do PSL do Rio de Janeiro, disse no plenário da ALERJ, enquanto discutia com a também deputada estadual Renata Souza, que a vereadora trans Benny Briolly, do município de Niterói, era uma “aberração da natureza”: “O vereador homem de Niterói parece um belzebu, porque é uma aberração da natureza”, agrediu o bolsonarista que, na eleição de 2018, quebrou uma placa da vereadora Marielle Franco.
Renata Souza já havia sido atacada no ano passado por Rodrigo Amorim: “Quanto a senhora lucrou vendendo as memórias e confidências de Marielle? ”, acusou o bolsonarista.
Também em maio de 2022, o deputado estadual Wellington Santos, do Republicanos de São Paulo, ameaçou “colocar um cabresto na boca” da colega Mônica Seixas, que é negra: “Mas num momento que eu estiver ali [presidindo a sessão], eu vou sempre colocar um cabresto na sua boca“, disse, em referência ao equipamento usado em cavalos.
Ainda em maio, o vereador Gilberto Costa, do Avante de São Caetano do Sul, divulgou o endereço da vereadora do PSOL Bruna Biondi e seus familiares. Ele ainda estimulou que crimes de ódios fossem cometidos contra a vereadora e sua família.
Com informações: PSOL na Câmara