Sâmia aprova Moção de Apoio a Ambar Córdoba na Comissão da Mulher e na Comissão de Educação
A deputada pediu que fosse reconsiderada a decisão do colegiado do PPGEBT/UFOP para revisão do desligamento da estudante e mãe de seu mestrado
8 jun 2022, 16:55 Tempo de leitura: 2 minutos, 4 segundosO caso de Ambar Soldevila Cordoba ficou conhecido nas redes sociais após ela relatar, na quarta-feira, 01/06, que teve seu título de mestre negado pela Universidade por não entregar as correções do texto da dissertação de mestrado dentro do prazo estabelecido, já que deu à luz ao seu filho 19 dias após sua banca de defesa de título. (Veja a publicação “Perdi meu título de mestre porque virei mãe”)
Em sua publicação Ambar escreveu o seguinte relato “quando estava grávida entrei em contato com o programa perguntando sobre a possibilidade de estender o prazo de entrega da dissertação, e pedi informações sobre o procedimento. A resposta foi muito clara: eu não tinha direito a licença maternidade, e deveria trabalhar com o tempo que tinha”.
Após entrar em contato com a estudante e oferecer apoio junto à universidade, a deputada federal Sâmia Bomfim apresentou às comissões da Mulher e de Educação moções de apoio a Ambar e fez um pedido ao colegiado do PPGEBT/UFOP para que houvesse uma revisão do desligamento. As duas ações legislativas foram aprovadas pela Câmara dos Deputados no dia 08/06.
“Causou espanto o relato de que a estudante teria apresentado sua dissertação de mestrado na 36a semana de gestação, data muita próxima ao nascimento de seu filho, mas que não lhe garantiu a conformidade com as normas da CAPES”, disse Sâmia.
No mês de maio de 2022, Sâmia apresentou um Projeto de Lei (link da matéria) que visa combater a evasão e tornar o ambiente universitário menos hostil para mães. Dentre as medidas do PL nº 1151/2022, que se destina a alunas da graduação, pós-graduação, docentes e funcionárias, estão: a construção de creches, fraldários e ambiente para amamentação. Também consta no projeto a implementação de licença maternidade, além do alargamento de prazos visando impedir o jubilamento ou mesmo a evasão de mães em razão da falta de políticas públicas.
“Reforçamos nos requerimentos que o caso fosse tratado com atenção e que fosse considerada a discriminação positiva a que dispõe o Protocolo de Gênero do Conselho Nacional de Justiça”, alertou a parlamentar do PSOL/SP.
Na quarta-feira, 08/06, a estudante Ambar Soldevila Cordoba conseguirá o título de mestre concedido pela UFOP.