Sâmia Bomfim

  • Economia

Perguntas e respostas sobre a renda mínima emergencial

Benefício aprovado pela Câmara pode chegar a R$ 1.200; projeto segue para o Senado.

A Câmara Federal aprovou uma renda mínima emergencial para conter os efeitos da epidemia de coronavírus na vida dos brasileiros mais pobres.

A proposta do governo era de um benefício de apenas R$ 200,00 para os trabalhadores informais. Mas graças à pressão da oposição, essa proposta foi derrotada. Lutamos por uma uma renda emergencial que chegasse até R$ 2,000,00 (dez vezes mais do que o governo propôs). O intuito era que cada família ganharia, no mínimo, R$ 1.000,00.

Mas a proposta aprovada é a seguinte: um benefício de R$ 600,00 para os trabalhadores informais e desempregados, com limite de dois benefícios por família.

E graças ao PSOL, o benefício pode chegar a R$ 1.200. Mulher que for chefe de família receberá R$ 1.200,00, ao invés de apenas R$ 600,00, como originalmente proposto.

Na proposta – que ainda seguirá para o Senado, a renda mínima emergencial será paga por um período de três meses, podendo ser prorrogado.

Quem poderá receber o benefício – caso a proposta seja aprovada?

Trabalhadores com mais de 18 anos de idade; que não tenham emprego formal (ou seja, com carteira de trabalho assinada); que não recebam outro benefício (aposentadoria ou pensão, por exemplo), nem seguro-desemprego ou participar de programa de transferência de renda federal, exceto o Bolsa Família. Quem está no programa pode receber o auxílio emergencial, limitado a duas pessoas na família.

Além disso, a renda mensal por pessoa tem de ser de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou a renda familiar mensal total não pode ser superior a três salários mínimos (R$ 3.135). E a renda total do ano de 2018 não pode ser superior a R$ 28.559,70.

Além dessas regras, também é preciso cumprir ao menos um dos seguintes requisitos: exercer atividade na condição de Microempreendedor Individual (MEI) ou ser contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social do INSS; ser trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal até 20 de março de 2020.

A primeira batalha já foi superada. Agora, devemos pressionar o Senado para que essa medida seja aprovada. Afinal, não podemos largar nossos trabalhadores informais à própria sorte.

Conheça a deputada
Sâmia Bomfim

Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

Nossas bandeiras
na Câmara Federal

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  • Lutar para ampliar e garantir os direitos das mulheres.
  • Defender as vidas, os empregos e os direitos das brasileiras e dos brasileiros diante da pandemia de Covid-19.

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