MBL dá golpe em projeto que ampara mulheres vítimas de estupro
O Movimento Brasil Livre (MBL), que propaga aos quatro ventos ser um “arauto” da moralidade, deve explicações à sociedade paulistana quanto ao seu posicionamento sobre projeto de lei que visa, entre outras medidas, amparar mulheres vítimas de estupro no município.
O Movimento Brasil Livre (MBL), que propaga aos quatro ventos ser um “arauto” da moralidade, deve explicações à sociedade paulistana quanto ao seu posicionamento sobre projeto de lei que visa, entre outras medidas, amparar mulheres vítimas de estupro no município.
Na semana passada, o vereador Fernando Holiday (DEM/MBL) se valeu de manobras sorrateiras para enterrar o PL 120/17 na Câmara Municipal. O projeto, de autoria da vereadora Sâmia Bomfim (PSOL), indica a criação de um Programa de Atenção Humanizada ao Aborto Legal e Juridicamente Autorizado no município de São Paulo.
Ao contrário do que espalham Holiday e o MBL em suas fake news, o PL não propõe a “legalização do aborto” em São Paulo. O tema, aliás, compete à legislação federal e não à municipal. Na verdade, o projeto pretende criar procedimentos de atenção humanizada às mulheres enquadradas nos casos de abortamento já previstos em lei no Brasil.
Entre estes casos, estão as mulheres vítimas de estupro. Também estão as gestantes de fetos com anencefalia ou aquelas que correm risco de vida por conta da gravidez. Vale lembrar que as estatísticas apontam, ainda, que muitas das vítimas de estupro em nosso país, lamentavelmente, são menores de idade, muitas vezes até menores de 16 anos.
O efeito prático do golpe de Holiday e do MBL contra os vereadores da Câmara e contra o PL 120/17 é a anuência com o desamparo de mulheres paulistanas nestas situações.
Este é um absurdo que toda a sociedade já está repudiando e cada dia mais repudiará.