Sâmia Bomfim

  • Internacional

O Brasil de joelhos para Trump

Defendemos um projeto de país que defenda nossa soberania, nosso povo e nossas riquezas, sem subserviência frente a qualquer outra nação.

O noticiário dos últimos dias está pautado pela viagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, e equipe, para os Estados Unidos.

Tanto em tuítes e declarações à imprensa, como em medidas concretas já publicadas no Diário Oficial da União, vemos um enorme retrocesso na colocação de nosso país diante da maior potência econômica e militar do planeta e, por extensão, dentro da geopolítica internacional.

Os Estados Unidos são conhecidos por sua ação imperialista no mundo. Na América Latina, é longa a lista de intervenções militares apoiadas e estimuladas pelos americanos, que também atentam contra a soberania e os recursos naturais de várias nações de nosso continente.

É de causar espanto ver uma comitiva de governantes brasileiros que viaja para o exterior com um único intuito: colocar nosso país de joelhos diante dos EUA e do governo de Trump.

Além de falar mal dos brasileiros que imigram para os EUA, Bolsonaro decidiu, unilateralmente, autorizar o ingresso de cidadãos americanos no Brasil, sem a necessidade de apresentação do visto. Enquanto isso, os brasileiros que viajam para os EUA seguem precisando do visto, ou seja, é uma relação desigual.

Bolsonaro autorizou também o uso da base de Alcântara, no Maranhão, pelos estadunidenses, uma medida que coloca em risco a soberania nacional.

Nos discursos, o presidente e o ministro Paulo Guedes diminuíram nosso país e suas potencialidades, oferecendo desesperadamente e a preço de banana as nossas riquezas para serem exploradas pelos americanos, e apresentando como “garantia” da confiabilidade de nossa economia as “reformas” que estão sendo preparadas contra os trabalhadores, como a da Previdência Social.

Como se não bastasse isso, a todo momento Bolsonaro tratou de enaltecer a figura de Trump e o seu governo, que são símbolos mundiais de autoritarismo e de guerra aos mais pobres e oprimidos.

Em um momento em que o mundo está atento aos desdobramentos das investigações sobre o caso Marielle, o presidente de novo mostrou sua falta de preocupação com a elucidação do crime, além de ter sido constrangido por questionamentos sobre o fato deRonnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato, ter sido seu vizinho.

Por tudo isso, no Brasil, nossa oposição ao governo Bolsonaro é inseparável da luta anti-imperialista em escala mundial, dentro da qual estamos ao lado dos países latino-americanos, das nações de todos os continentes que se opõem aos absurdos de Trump e, até mesmo, dos setores democráticos e socialistas dos próprios Estados Unidos, que vemos crescer no último período em torno de figuras como Alexandria Ocasio-Cortez, a mais jovem parlamentar federal do país, e Bernie Sanders.

Enquanto bancada do PSOL, estamos tomando providências para buscar reverter os prejuízos. Hoje (19), entramos com pedido para sustar o decreto de dispensa do visto. Também trabalharemos para barrar a aprovação da “parceria” na base de Alcântara. E usaremos nossos mandatos, sempre, para defender um projeto de país que defenda nossa soberania, nosso povo e nossas riquezas, sem subserviência frente a qualquer outra nação, pois o mundo que defendemos é um mundo de igualdade, de paz e de justiça, e não de dominação e exploração.

Conheça a deputada
Sâmia Bomfim

Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

Nossas bandeiras
na Câmara Federal

  • Lutar pelo impeachment de Bolsonaro.
  • Lutar para ampliar e garantir os direitos das mulheres.
  • Defender as vidas, os empregos e os direitos das brasileiras e dos brasileiros diante da pandemia de Covid-19.

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