Sâmia Bomfim

  • Questões agrárias

Reforma agrária quando? Reforma agrária já!

No dia em que se completam 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás é fundamental lembrar a importância da luta dos trabalhadores rurais.

Hoje, 17 de abril, completam-se 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, quando a Polícia Militar do Pará foi autorizada a assassinar 21 trabalhadores rurais que protestavam, em marcha, contra a lentidão na desapropriação de terras ociosas.

A data ficou marcada como um dia de luta dos trabalhadores do campo e pela reforma agrária. Reivindicar a ocupação de terras improdutivas ou irregulares para que famílias camponesas tenham condições de trabalhar é a premissa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Só que em vez de dialogar com os camponeses, Bolsonaro prefere criminalizá-los. O militar chegou ao cúmulo de classificar a atividade do movimento como “criminosa” e “terrorista”. Ele nunca mostrou a mínima disposição nem para entender a luta dos trabalhadores camponeses tampouco para aprender – e esse é o termo correto quando se trata deste presidente – a complexidade da questão agrária no Brasil e o caldo de injustiça social que os camponeses e todos nós estamos mergulhados.

A infeliz declaração de Bolsonaro só serviu para encorajar aqueles sujeitos conhecidos como lobos solitários, que se acham autorizados a sair matando por aí. Aliás, a bizarra ampliação dos requisitos para que qualquer cidadão possa ter uma arma de fogo no Brasil só contribui negativamente para o quadro.

Infelizmente não é só Bolsonaro que não entende a importância do MST. Aqui em São Paulo, Doria vetou a feira anual de alimentos orgânicos do movimento, que era realizada desde 2016 no Parque da Água Branca.

Não há motivo razoável para o governador ter feito isso. A feira crescia todo ano e atendia uma demanda cada vez mais crescente em nossa sociedade que é a de alimentos orgânicos. Há dezenas de feiras orgânicas na cidade e por que só a o MST foi vetada? A única razão para isso é perseguição política.

Repudiamos o veto de Doria e todas as iniciativas de Bolsonaro para tentar criminalizar o MST, que é um dos movimentos mais importantes do Brasil. Todo apoio ao trabalhadores rurais sem terra! Todo apoio à reforma agrária!

Conheça a deputada
Sâmia Bomfim

Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

Nossas bandeiras
na Câmara Federal

  • Lutar pelo impeachment de Bolsonaro.
  • Lutar para ampliar e garantir os direitos das mulheres.
  • Defender as vidas, os empregos e os direitos das brasileiras e dos brasileiros diante da pandemia de Covid-19.

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