Sâmia Bomfim

  • Trabalho

Por que entregadores de aplicativo e metroviários vão parar amanhã?

Mesmo não sendo entregador ou metroviário, todo cidadão ou cidadã pode e deve apoiar essas categorias.

Nesta quarta (1), estão previstas duas greves muito significativas. Uma será nacional, a de entregadores dos aplicativos. A outra, no estado de São Paulo, dos metroviários.

Em comum, são duas categorias consideradas essenciais durante a pandemia e que, por isso, nunca pararam suas atividades para ficar em casa, configurando milhares de trabalhadores expostos a um alto risco de contágio pelo coronavírus. De diferente, os trabalhadores de aplicativo são submetidos às regras insanas do novo “trabalho informal”, explorado por megaempresas internacionais, enquanto os metroviários lidam com a crueldade do Estado que, governado pelos tucanos, há décadas persegue os direitos da categoria.

O movimento dos “entregadores antifascistas” ganhou grande expressão no Brasil há algumas semanas. É uma categoria majoritariamente jovem, periférica, negra e muito precarizada. Desde o início da pandemia, muitos entregadores começaram a se auto-organizar e a reivindicar condições básicas de trabalho, como o direito à alimentação, a equipamentos de proteção individual e de higiene, além de remuneração mais justa pelo seu trabalho.

É mentirosa a ideia de “parceria” com as empresas, como se entregadores fossem “empreendedores” sem patrões donos de seus “negócios”. Na verdade, todos eles são trabalhadores e, nessa condição, devem ter os direitos respeitados por parte de quem os emprega. Por isso, haverá uma greve nacional dos entregadores.

Os metroviários de SP, por sua vez, estão na mira de João Doria e do Metrô. Meses depois de terem apresentado ao governo e à empresa um plano de contingência para o funcionamento das linhas de transporte em tempos de pandemia (plano que sequer foi acatado), esses trabalhadores agora se veem diante da situação absurda de terem cortes em seus holerites sem qualquer justificativa senão a crueldade.

Confira aqui todos os ataques previstos contra os metroviários

Diante de tamanho desrespeito, os metroviários, que têm uma longa tradição de luta e de defesa desse serviço essencial aos trabalhadores de São Paulo, foram obrigados a deliberar greve. E num gesto de solidariedade elogiável, agendaram sua manifestação para a mesma data dos entregadores de aplicativo. A intenção é clara: unir esforços e mostrar que, mesmo em funções e condições distintas, a classe trabalhadora é uma só e pode conjuntamente lutar por seus direitos.

O momento é de solidariedade ativa a essas lutas. Mesmo não sendo entregador ou metroviário, todo cidadão ou cidadã pode e deve apoiar essas categorias. Todo o apoio aos entregadores e aos metroviários!

Conheça a deputada
Sâmia Bomfim

Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

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