Um deputado federal bolsonarista apresentou denúncia à Procuradoria Geral da República citando Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Guilherme Boulos e Felipe Neto por apoiarem a manifestação anti-fascista que ocorreu em São Paulo no dia 31 de maio. O deputado é ex-senador do Rio Grande do Norte cassado por crime eleitoral.

O bolsonarista pede à PGR que os parlamentares e o comunicador sejam enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

A denúncia é absurda. Não há crime algum em defender a democracia ou em participar de manifestações em defesa da democracia e dos direitos sociais. Pelo contrário. Crime é justamente atentar contra a democracia e o povo brasileiro, como faz o governo fielmente apoiado pelo deputado. Trata-se de um ataque político buscando intimidar a atuação parlamentar e o ativismo daqueles que se colocam como oposição a Jair Bolsonaro.

É necessário repudiar com veemência esse tipo de gesto autoritário de quem odeia o contraditório e utiliza o aparato estatal para perseguir adversários e opositores. Enquanto isso, avolumam-se aos montes os indícios de um esquema criminoso de desvio de dinheiro público envolvendo a família de Jair Bolsonaro. Esses sim devem responder por seus crimes. Esses e todos aqueles que se valem de expedientes intimidatórios para defender um projeto criminoso de destruição do nosso país.