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Pandemia da Covid-19 tem efeito devastador sobre o emprego das mulheres
8,5 milhões de mulheres ficaram fora do mercado de trabalho
Pesquisa do IBGE apontou que 8,5 milhões de mulheres ficaram fora do mercado de trabalho no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a pandemia do novo coronavírus teve um efeito devastador quando tratamos do emprego das mulheres, em especial os empregos no mercado informal.
O retorno das mulheres ao mercado de trabalho está diretamente ligado à rotina delas em suas casas. Filhos estudando remotamente, pessoas idosas sem poder sair às ruas e o setor empregador da população feminina em baixa atrasam ainda mais as mulheres na recuperação dos espaços de produção da força de trabalho remunerada, formal ou informal.
Algumas questões estruturais e “normas sociais”, que conferem às mulheres responsabilidades pelos cuidados domésticos, geram maior desigualdade na inserção das mulheres no mercado.
A deputada Sâmia Bomfim lembrou que as mulheres são responsáveis pela renda familiar em quase metade dos lares brasileiros. “É alarmante o dado divulgado pelo IBGE, na última Pnad, sobre as mulheres que estão sem atividade remunerada, por estarem realizando inúmeros trabalhos domésticos não remunerado durante a pandemia”, declarou.
Juntamente com o trabalho doméstico – rotineiro e não remunerado – as mulheres são as mais penalizadas e levadas para inatividade por causa do cuidado com filhos e outras pessoas da família.
“Quando defendemos a vida das mulheres, com pleno emprego, creches para deixarem seus filhos e incentivo de políticas públicas para que possam cuidar de suas famílias, estamos defendendo melhoria na economia de todo o Brasil”, apontou Sâmia.
Durante os meses em que famílias receberam o auxílio emergencial houve uma garantia de renda às pessoas desempregadas no Brasil. Com o fim deste benefício, homens e mulheres ficarão sem renda alguma e sem perspectiva financeira para o cuidado com suas famílias.
Sâmia Bomfim defende o retorno imediato do pagamento do auxílio emergencial e a abertura sobre uma renda básica permanente. Em sua conta no Twitter a deputada federal explorou o assunto. “Precisamos enfrentar a fome, o desemprego e a desigualdade social, sabendo que o recorte de gênero é indissociável desses problemas”.
14 milhões de desempregados e a saúde em colapso: a pandemia ainda não acabou. Assine agora pela continuidade do auxílio emergencial.