Sâmia Bomfim

    Dia Mundial dos Refugiados: Solidariedade sem Fronteiras

    Hoje (20 de junho) é o Dia Mundial dos Refugiados: momento em que é impossível ignorar a profunda crise imigratória que o mundo vive e nos afeta diretamente.

    Hoje (20 de junho) é o Dia Mundial dos Refugiados: momento em que é impossível ignorar a profunda crise imigratória que o mundo vive e nos afeta diretamente.

    Não bastassem as políticas anti-imigrantes por parte dos governos europeus e os naufrágios de embarcaçõessobrecarregadas de refugiados no Mediterrâneo, o mundo está diante de mais uma tragédia: crianças engaioladas e separadas de seus pais presos na fronteira México-Estados Unidos (inclusive oito delas brasileiras, entre outros países latino-americanos e caribenhos), como fruto da política de “tolerância zero” do governo Donald Trump com os “imigrantes ilegais”. Com isso, Trump aprofunda oapartheid já praticado pelos governos anteriores, que lembra muito a tragédia das famílias palestinas em Israel (seu aliado), e que pretende concretizar com um muro na fronteira com o México.

    Mas apesar das calamidades mais recentes, a crise se agrava há anos. A ONU já alertava em 2014 que o mundo enfrentava a maior leva de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial (51,2 milhões) e, desde então os números são cada vez maiores. A intensificação de conflitos na Síria, no Iraque, na Ucrânia e na República Centro-Africana, somada a antigas crises não resolvidas, como na Colômbia e na Palestina, fizeram explodir o número total de pessoas forçadas a deixar suas casas ao redor do mundo.

    Não à toa, tratam-se, sobretudo, de países da África, América Latina e Oriente Médio, onde o nível de miséria e de violência é resultado da política predatória dos governos dos países de “primeiro mundo” associados às corporações privadas em nome do lucro, os mesmos que hoje cometem atrocidades contra as famílias de refugiados, como os EUA, que apenas agora anunciam sua saída da Comissão de Direitos Humanos, mas que nunca os respeitaram.  

    Mas não são apenas os EUA e a Europa que recebem grandes fluxos de imigrantes refugiados. Segundo relatório divulgado pela ONU, São Paulo está entre as cidades que mais recebem imigrantes no Brasil e é a principal do estado. Em 16 anos, o número de solicitações feitas por estrangeiros, que já viviam no estado de São Paulo, e atendidas pelo Governo Federal aumentou sete vezes. Em 2000, 58 estrangeiros foram aceitos como refugiados e em 2016, 448. A maioria vinda da Síria, Congo, Colômbia, Mali e Iraque.

    A solidariedade, portanto, é mais do que um dever de todos nós para derrubar esse sistema que nos exclui, encarcera, tortura e mata. Mais do que isso, a solidariedade é inevitável, é uma questão de sobrevivência humana. Basta abrir um pouco a mente e o coração para se dar conta de que na face da Terra, Somos Todos Refugiados!

    Conheça a deputada
    Sâmia Bomfim

    Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

    Nossas bandeiras
    na Câmara Federal

    • Lutar pelo impeachment de Bolsonaro.
    • Lutar para ampliar e garantir os direitos das mulheres.
    • Defender as vidas, os empregos e os direitos das brasileiras e dos brasileiros diante da pandemia de Covid-19.

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