Sâmia Bomfim

    Doria deixa milhares de paulistanos sem acesso à saúde

    O prefeito João Doria fechou AMAs, UBSs, demitiu médicos e outros profissionais por toda a cidade e, consequentemente, aumentou o caos na rede municipal de saúde.

    Com o argumento de restruturação dos serviços de saúde no município, o prefeito João Doria fechou AMAs, UBSs, demitiu médicos e outros profissionais por toda a cidade e, consequentemente, aumentou o caos na rede municipal de saúde.

    Quem usa o SUS em nossa cidade sabe que os aparelhos de saúde vão mal. É frequente a falta de médicos e outros profissionais em todos os níveis da rede, sem contar a falta de insumos e infraestrutura. Nos últimos anos, a saúde pública no município é alvo de um verdadeiro desmonte, tal que se intensificou após Dória se colocar à frente da prefeitura.

    O discurso de restruturação dos serviços de saúde cai por terra quando esbarramos nas contradições que a atual gestão carrega. Primeiro porque Dória não deixa claro como será feita a ampliação das Equipes de Saúde da Família que atuam na Atenção Primária. Pela experiência que temos com a relação entre a prefeitura e as Organizações Sociais (OSs), empresas privadas que administram grande parte dos serviços de saúde na cidade, há significativa falta de transparência no uso dos recursos públicos - em 2018 estão previstos R$4,3 bilhões para as OSs.

    Segundo porque sabemos que a realidade dos trabalhadores da saúde contratados pelas OSs é de completa sobrecarga e descaso. Vale lembrar que a UBS República, fundamental para o atendimento de milhares de pessoas no centro da cidade, permanece fechada há mais de um ano, prejudicando usuários e profissionais.

    É fato que em um sistema de saúde bem organizado, os aparelhos de atenção secundária, como as AMAs, devem existir em menor quantidade, uma vez que a atenção primária (realizada principalmente pelas UBS) deveriam suprir boa parte dessa demanda a partir do trabalho de prevenção, promoção e recuperação de saúde. É justamente nesse argumento que a gestão Dória, sem apresentar nenhum estudo, tem se baseado para fechar mais de 100 AMAs e algumas UBSs, demitir profissionais e delegar à iniciativa privada a gestão dos serviços de saúde do município de São Paulo, principalmente os serviços de baixa e média complexidade, em que há uma grande rotatividade e, portanto, é bastante lucrativo.

    Simplesmente fechar um serviço ambulatorial como são as AMAs, sem garantir que a estrutura de Atenção Primária esteja organizada, pode sobrecarregar outros serviços de saúde existentes e ampliar o caos que já está instalado no setor. A lógica de gestão autoritária de Doria tem feito com que muitas unidades sejam fechadas sem qualquer diálogo com os usuários e participação popular, além de não apresentar nenhum dado que justifique esta medida.

    No último dia 27 de março, em uma audiência realizada pelo Ministério Público sobre o fechamento das AMAs e outros aparelhos de saúde, acordou-se que a Prefeitura deverá entregar um estudo da reestruturação da saúde no município de São Paulo, que inclui impactos nos territórios, além da criação de uma comissão composta por representantes da sociedade civil, governo, MP e entidades de classe para acompanhar o andamento da medida. Contudo, a Prefeitura se negou a paralisar o projeto de reestruturação, que ao que tudo indica seguirá avançando.

    Por isso somos contra o fechamento das AMAs e a demissão de profissionais!

    Acreditamos que o fortalecimento da atenção básica precisa vir antes que qualquer serviço seja fechado, para que não haja sobrecarga a nenhum setor ou mesmo desassistência a nenhum usuário. A única  forma de barrarmos essa destruição da saúde é seguindo o exemplo dos servidores municipais, mobilizar as pessoas em cada canto da cidade para lutar em defesa da saúde pública de qualidade para todos.

    Para nós, está cada vez mais claro que, desde que assumiu a prefeitura,  João “trabalhador” viu ali, NÃO uma oportunidade de atuar em benefício da cidade de São Paulo e garantir uma condição de vida digna a todo paulistano, mas sim um plano de se auto promover e beneficiar seus amigos empresários. É nesse contexto que o prefeito que nunca deixou de ser candidato deixa a saúde em frangalhos para se lançar governador.

    EM DEFESA DA SAÚDE EM SÃO PAULO!

    - Nenhum profissional demitido!

    - Nenhum serviço fechado!

    Conheça a deputada
    Sâmia Bomfim

    Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

    Nossas bandeiras
    na Câmara Federal

    • Lutar pelo impeachment de Bolsonaro.
    • Lutar para ampliar e garantir os direitos das mulheres.
    • Defender as vidas, os empregos e os direitos das brasileiras e dos brasileiros diante da pandemia de Covid-19.

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