A disputa entre João Doria e Geraldo Alckmin pela candidatura à Presidência da República pelo PSDB não afeta sua unidade no ataque aos direitos dos servidores e aos serviços públicos. Nas esferas estadual e municipal, Dória e Alckmin aplicam o receituário neoliberal, com privatizações, terceirização, precarização e desmonte das áreas sociais e ataques ao funcionalismo. Ambos buscam se legitimar diante do mercado financeiro e da indústria como o melhor nome para representar este projeto como candidatos, beneficiando seus amigos empresários e banqueiros em detrimento do povo de São Paulo. Tais medidas vem casadas com os ataques operados no nível federal, por meio da reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a terceirização total e irrestrita (Lei nº 13.429/2017) e a proposta de reforma da Previdência. O funcionalismo público estadual e municipal sente na pele estes ataques, e por isso não se deixa enganar pelo marketing que os “gestores” tentam vender. Está unificado para lutar em defesa de seus direitos e da população.

ALCKMIN: ATAQUE AOS SERVIDORES E CONGELAMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS. NÃO AO PL 920/2017!

O governador Geraldo Alckmin enviou à Assembleia Legislativa o PL 920/2017, que reproduz na esfera estadual a PEC do Teto de Michel Temer, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. Alckmin em São Paulo quer limitar as despesas primárias por dois anos, afetando severamente os investimentos em saúde, educação, moradia e demais serviços. Isso afetará toda a população do Estado de São Paulo, especialmente os mais pobres. Afetará diretamente, também, o funcionalismo público estadual, que será alvo de mais arrocho salarial. Se aprovado este projeto, o congelamento dos salários, a não abertura de concursos, a precarização dos serviços e condições de trabalho e o avanço indiscriminado das terceirizações se oficializará por lei. Não iremos permitir este absurdo!

DORIA: NÃO AO SAMPAPREV!

Embora tente se passar como uma novidade no cenário político, Dória aplica mais do mesmo: ataque ao funcionalismo, desmonte dos serviços públicos e privatização. Em menos de 10 meses como prefeito de São Paulo, Dória regrediu em décadas as políticas de assistência social e precarizou ainda mais a educação e a saúde. Ao mesmo tempo, atuou de forma devastadora contra o patrimônio e os serviços públicos, iniciando um processo generalizado de privatizações e concessões para a iniciativa privada. O prefeito “gestor” que terceiriza a gestão e que usa a prefeitura de São Paulo como trampolim político para sua candidatura presidencial, agora também quer desmontar a previdência do funcionalismo. O PL 621/2016, proposto pelo ex-prefeito Fernando Haddad, que cria a Previdência Complementar do Município, o SAMPAPREV, foi lido já na primeira sessão da Câmara Municipal deste ano, e prossegue tramitando com prioridade a pedido de Dória. No momento oportuno, poderá ser votado e sancionado pelo prefeito. Nosso mandato se opõe à criação de uma previdência privada para os servidores públicos municipais e está ao lado do funcionalismo contra este desmonte!

UNIDADE PARA DERRUBAR OS ATAQUES!

Se o prefeito da ração e o governador do chuchu brigam pelo posto de melhor gestor dos interesses privados, o funcionalismo público de São Paulo se unifica para derrotar os ataques que tentam impor à categoria e ao conjunto da população. As bancadas do PSOL na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa estão mobilizadas para barrar os projetos de maldade de Dória e Alckmin, mas isso depende necessariamente da mobilização nas ruas e nos locais de trabalho. A manifestação no dia do Servidor Público em São Paulo mostra o caminho: unidade do funcionalismo estadual e municipal e intensificação das lutas!