Doria, o prefeito que virou farinata
O prefeito João Doria tem uma visão elitista sobre São Paulo. Isto foi revelado no episódio da “farinata”.
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Em apenas um ano de gestão, a popularidade de João Doria (PSDB) derreteu. A população de São Paulo percebeu a mentira que estava por trás da “gestão” do prefeito. Na verdade, Doria abandonou São Paulo para viajar o Brasil com a ambição de ser candidato a presidente.
Enquanto isso, os problemas se ampliaram: a zeladoria urbana ficou caótica, embora o prefeito use e abuse do marketing no programa Cidade Linda; faltam remédios nas UBSs e profissionais nos aparelhos de saúde; as filas nas creches continuam e as escolas estão sendo abandonadas; houve desmonte nas políticas de cultura e de defesa dos direitos das mulheres e de LGBTs; a tarifa do ônibus aumentou, ao contrário do que havia sido prometido. As áreas mais carentes da cidade estão abandonadas e inseguras.
O prefeito tem uma visão elitista sobre São Paulo. Isto foi revelado no episódio da “farinata”. Numa grande ação de marketing, Doria quis lançar uma espécie de “ração humana”, feita com alimentos danificados ou próximos do vencimento, que seria distribuída à população em situação de rua e na merenda das escolas. Por trás da ideia, estava escondido um mega-esquema para beneficiar a indústria de alimentos. A sociedade pressionou e o prefeito foi obrigado a recuar.
A farinata revelou o verdadeiro caráter de uma “gestão” que, em 2017, só pensou em privatizar os bens e serviços públicos de São Paulo para empresários amigos do prefeito, enquanto abandonou os investimentos nas áreas sociais. Tudo isso sem nenhum diálogo com a sociedade ou respeito à opinião pública.