Nesta segunda, dia 18, diversas mães e pais de LGBTs ocuparam a Assembleia Legislativa de SP para a entrega da Salva de Prata ao movimento Mães Pela Diversidade. A Salva de Prata é a honraria máxima concedida pela Câmara de Vereadores da capital para pessoas ou grupos com reconhecida atuação na cidade e foi proposto pelo mandato da vereadora Sâmia Bomfim.

No país que mais mata LGBT+ do mundo, o movimento Mães Pela Diversidade cumpre um papel muito importante na nossa sociedade reunindo mães, pais e famílias de LGBTs que perderam seus filhos por causa da homotransfobia e organizando uma rede de profissionais que darão assistência para essas mães e pais. Também desenvolvem um trabalho de acolhimento e empoderamento de famílias de LGBTs, para juntos combaterem o bullying, a opressão e a discriminação.

Estiveram presentes também na homenagem ativistas e personalidades do movimento LGBTQI+, como a Drag Queen TchaKa, que abrilhantou o evento sendo a cerimonialista, Todd Tomorrow, ativista LGBT e fundador do coletivo Pedra no Sapato, Paulo Iotti, membro do grupo de advogados pela diversidade sexual e de gênero, Heloisa Alves, advogada e ativista LGBT, além de Salomão Cunha, fundador do GAMES e Nelson Matias da Associação Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Amara Moira, doutora pela Unicamo e putafeminista e Hailey Kass, transfeminista e militante do PSOL também marcaram presença na cerimônia.

Com todos os presentes muito emocionados, Sâmia Bomfim entregou a Salva de Prata para Clarice Cruz, mãe e coordenadora do movimento. Sâmia ressaltou na sua fala que em tempos tão difíceis, onde os conservadores pregam o ódio gratuito aos LGBTs, às mulheres e aos negros, aquela homenagem cumpriu um papel contrário, sendo um espaço de amor, afeto, amizade e carinho e principalmente um momento de todos agradecerem e reconhecerem as Mães Pela Diversidade pela sua atuação.

No dia em que a Organização Mundial da Saúde retirava a transexualidade dos manuais de doenças mentais, LGBTs, suas mães e pais ocuparam um espaço que os é negado cotidianamente, como é a Assembleia Legislativa e os demais espaços de poder do nosso país. Ali estavam para dizer para todos aqueles que não aceitam nossa forma de amar que tirem o preconceito do caminho, pois elas querem passar com o seu amor!