Sâmia Bomfim

    Um ano de mandato: os desafios de ser a mais jovem vereadora de São Paulo

    Balanço do primeiro ano do mandato jovem, feminista e combativo da vereadora Sâmia Bomfim

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    Olá!

    Eu sou a Sâmia Bomfim, vereadora de São Paulo, do PSOL. Esta é a revista de balanço do primeiro ano de nosso mandato na capital paulista.

    Para mim, estar na Câmara de São Paulo foi e continua sendo um desafio grande! A política é um espaço machista (somos apenas 9% do legislativo no Brasil). Quase não há jovens nos espaços de poder. Também não se veem muitas pessoas comuns como você, seus amigos, sua família. Em sua maioria, os representantes do legislativo são de famílias tradicionais, apadrinhados, financiados por grandes empresários. Todos os dias, batalho para que as mulheres, os jovens e trabalhadores possam ter voz na política.

    Antes de estar na Câmara, eu era uma ativista. Fui parte dos jovens que fizeram as manifestações de 2013 e das mulheres que tomaram as ruas na Primavera Feminista. Sempre participei de mobilizações quando fui estudante e, depois, servidora pública na USP, pois acredito no potencial da luta coletiva. Me tornei vereadora, mas continuei nas ruas, apoiando as mobilizações, andando de metrô, de ônibus e usando os serviços públicos como qualquer paulistano. Também me recusei e sigo me recusando a receber o absurdo aumento de salário dos vereadores.

    O Brasil vive dias difíceis. O governo de Michel Temer trabalha todos os dias para tirar direitos da população. O ano passado ficou marcado pela aprovação da reforma trabalhista e pelo corte de investimentos na saúde, na educação e nas áreas sociais. Para 2018, querem aprovar algo ainda pior: a destruição da aposentadoria das brasileiras e dos brasileiros. Um punhado de políticos implicados em escândalos de corrupção acha que pode destruir os direitos de quem trabalha a vida inteira. Um absurdo!

    Embora num cenário difícil, 2017 teve bonitas mobilizações que pararam o Brasil e desmascararam o governo Temer. Os paulistanos entenderam, também, o verdadeiro caráter de João Doria, que prometeu “gestão” durante as eleições, mas abandonou a cidade para viajar o país querendo ser candidato a presidente. Por todo canto de São Paulo, houve engajamento das pessoas em defesa dos seus direitos e contra a visão elitista de Doria. Dentro da Câmara, estive em muitos embates. Nosso legislativo tem os mesmos vícios que o Congresso Nacional. Não é fácil para uma mulher, jovem e feminista enfrentar as velhas “raposas” da política. Mas é necessário!

    Por isso, estive na linha de frente da defesa dos trabalhadores e dos direitos humanos, combatendo o conservadorismo. Um dos principais projetos que apresentei foi o chamado “Escola Sem Censura”, para contrapor a iniciativa do “Escola Sem Partido”. Também estive atenta na fiscalização do executivo. Acionei o Ministério Público sempre que necessário contra medidas ilegais de Doria, como foi no caso da “ração humana” (farinata).

    E junto a isso, protocolei propostas concretas para São Paulo se tornar um cidade mais justa, humana e democrática. Foram mais de 50 projetos de lei apresentados como autora ou coautora, abrangendo áreas como saúde, educação, cultura, juventude, direito à cidade, direitos humanos, segurança alimentar, combate ao racismo e direitos de mulheres, LGBTs e indígenas.

    Propus e participei da CPI da Violência contra a Mulher. Fiz diversas agendas nos bairros, comunidades e aparelhos públicos. E tive minha primeira lei sancionada em julho (Lei 16.684/17), uma lei que amplia o combate à violência contra a mulher, obrigando estabelecimentos públicos e privados a afixarem, em suas dependências, placas informativas sobre o Disque 180.

    Organizei muitos debates, plenárias e audiências públicas, pois acredito que somente através de um mandato aberto e participativo é possível expressar as demandas da sociedade que costumam ser ignoradas pelos donos do poder. Ao lado da população e dos movimentos sociais consigo força para defender o que é justo e denunciar os absurdos cotidianos com os quais me deparo.

    Também uso bastante as redes sociais. Acredito que elas, assim como a presença permanente nas ruas, são uma forma de estreitar os laços entre a “política” e as pessoas, prestando contas à população. Em 2018, quero avançar ainda mais no uso das redes e na qualidade do diálogo que consigo estabelecer com a população.

    Agradeço a todas e todos que contribuem com o mandato através de mensagens nas redes sociais, aos que me param na rua e dizem palavras de apoio, aos que enviam denúncias, sugestões e opiniões sobre a cidade e projetos de lei. Torço para que em 2018 o diálogo e contribuição de vocês sejam ainda maiores para construirmos juntos um bom mandato.

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    Conheça a deputada
    Sâmia Bomfim

    Sâmia Bomfim tem 30 anos, foi vereadora de São Paulo e, atualmente, é deputada federal pelo PSOL. Elegeu-se com 250 mil votos, sendo a mais votada do partido e a oitava mais votada de todo o estado de São Paulo. Seu mandato jovem, feminista e antifascista levanta bandeiras que a maioria dos políticos não tem coragem de levantar. Ela é linha de frente no enfrentamento do conservadorismo e na oposição aos desmandos do governo Bolsonaro, defendendo sempre a maioria do povo.

    Nossas bandeiras
    na Câmara Federal

    • Lutar pelo impeachment de Bolsonaro.
    • Lutar para ampliar e garantir os direitos das mulheres.
    • Defender as vidas, os empregos e os direitos das brasileiras e dos brasileiros diante da pandemia de Covid-19.

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